Eleições em Ipojuca

Célia acusa Carlos Santana de promover compra de votos

Candidata a prefeita pelo PTB entregou áudio à Justiça pedindo cassação da candidatura tucana

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Publicado em 13/03/2017 às 22:47
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Candidata a prefeita pelo PTB entregou áudio à Justiça pedindo cassação da candidatura tucana - FOTO: JC Imagem
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Advogados de Célia Sales (PTB) protocolaram nesta segunda (13/3) na Comarca de Ipojuca (Mata Sul de Pernambuco), a 21 dias das eleições suplementares para prefeito, pedido de cassação do adversário Carlos Santana (PSDB), alegando compra de votos. “Temos uma gravação, do dia 16 de fevereiro, na qual Santana oferece R$ 10 mil em duas parcelas e um emprego com salário de R$ 5 mil ao candidato a vereador derrotado Elias da Varanda (Elias Francisco dos Santos, do PTB)”, informa Marcos Lira, da assessoria jurídica da candidata.

Segundo ele, no mesmo áudio, gravado na casa de um eleitor, o ex-prefeito diz ter investido no mínimo R$ 50 mil por vereador para ter apoio na última eleição de outubro. A equipe de Célia produziu um vídeo, com a gravação, para divulgação na internet. Nela, a suposta voz de Santana diz: "Veja aí o que a gente pode fazer por você para trazer você para você ficar junto da gente, rapaz. Vou lhe fazer uma proposta. Dou cinco mil conto agora em fevereiro.  Dou cinco mil conto em março. E eu ganhando a eleição, eu lhe arrumo um emprego na prefeitura de cinco mil conto." O advogado Marcos Lira lembra que a oferta já se configura compra de voto, segundo a Lei 9.504/1997.

O JC não conseguiu falar diretamente com Carlos Santana. Márcio Alves, advogado dele, disse aguardar a notificação da Justiça para se pronunciar. Lembrou que a adversária vem tentando, sem sucesso, derrubar a candidatura tucana. “O juiz julgou improcedente outra ação”, lembrou, referindo-se ao argumento de Célia Sales, que enquadrava Santana na Lei da Ficha Limpa sem que ele tenha sido condenado.

A campanha começou em fevereiro e nesta semana está sendo iniciada a propaganda no rádio. O pleito de 2016 foi anulado pela Justiça Eleitoral porque o mais votado, Romero Sales, marido de Célia, tinha condenação por improbidade administrativa.

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