Com um público menor, o Vem pra Rua realizou na manhã deste domingo (26), uma passeata na Avenida Boa Viagem. Na pauta, o grupo protestou contra o Parlamento brasileiro. Entre os pontos, a votação da reforma política com o sistema de voto em lista fechada e o projeto de anistia ao caixa 2. O grupo fez, também, uma defesa da Operação Lava Jato.
A passeata saiu por volta das 11h, da Padaria Boa Viagem, e encerrou no Segundo Jardim, aproximadamente uma hora depois. Ao contrário do que se viu em passeatas anteriores, políticos pernambucanos não estavam presentes no ato deste domingo (26).
Segundo a organização, de 6 a 8 mil pessoas participaram do ato. Um capitão do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati), da Polícia Militar (PM), que dava apoio na área por conta do ato, calculou em cerca de 3,5 mil pessoas presentes. O número de pessoas não foi confirmado pela assessoria de comunicação da PM. Numa caminhada realizada em dezembro do ano passado, a organização estimou o público em 15 mil pessoas. A PM não divulgou dados na época.
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Para a porta-voz do Vem pra Rua no Recife, Maria Dulce Sampaio, afirmou que o público menor já era esperado. "O público para a gente não importa. O que importa é mostrar que nós continuamos a luta. Sei que o público não foi muito grande. Mas não foi muito grande porque o povo está cansado de tanto escândalo diariamente dos políticos", disse a porta-voz do movimento no Recife, Maria Dulce Sampaio.
TEMAS
De acordo com Maria Dulce, a tendência é que as mobilizações tenham pautas mais enxutas e de acordo com o momento político. Na passeata deste domingo, foi tratada da questão da reforma política, que o movimento é contra a lista fechada para parlamentares, e o aumento do fundo partidário.
"A lista fechada é anti-democrática. O eleitor vai votar no partido, ele não vai saber o candidato que está votando. Essa lista é feita pelos caciques do partido. Como também o aumento do fundo partidário, que hoje está em R$ 820 milhões e eles querem subir para R$ 3 bilhões e até R$ 4 bilhões, financiado pelo nosso bolso do contribuinte", acrescentou Maria Dulce.