A ausência do prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), foi duramente criticada pelos aliados do governador Paulo Câmara (PSB) nesta quinta-feira (6), durante a passagem do Pernambuco em Ação pela cidade. O gestor não acompanhou a visita do governador à cidade, o que foi visto pelos secretários de Paulo como falta de educação e quebra da institucionalidade.
Para o secretário estadual de Transportes, Sebastião Oliveira, a postura do prefeito foi “deselegante, mal educada e eleitoreira”. Para Oliveira, a ausência de Izaías denota que ele levou a questão para o lado eleitoral. “O governador sempre foi muito correto com as parcerias com qualquer prefeito”, disse.
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A um ano da disputa para o governo do Estado, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), aliado de Izaías, começa a pavimentar o terreno para entrar novamente na disputa estadual.
Para o secretário de Planejamento, Márcio Stefanni, quando um representante de uma cidade não vem, o canal de interlocução é cortado. “Quem vai dizer quais são os pleitos da região. O governador diz que é governador de 184 municípios e de Fernando de Noronha. Causa incômodo nele e na população de Garanhuns”, observa.
Segundo o prefeito, ele foi pego de surpresa com o evento. “Não vou participar. Mas o meu vice, Haroldo Vicente (PSC), e quatro secretários vão. Que ele seja bem-vindo. A gente tem educação pra receber”, disse. Izaías cobrou ainda mais segurança pública na cidade.
“Só temos 400 homens para 22 municípios (do Agreste). Oito municípios estão sem policial. Em Garanhuns hoje você não encontra polícia. Ele vai colocar 1.500 polícias e vão se aposentar 2000”, afirma.
CRÍTICAS DA OPOSIÇÃO
Questionado sobre a crítica da oposição, que destaca um viés eleitoreiro no Pernambuco em Ação, o interlocutor de Paulo diz que a tarefa é não deixar nenhuma obra inacabada até 2018.
“A minha tarefa é entregar obras e dar início a projetos estruturadores no Agreste Meridional. Hoje mesmo, vamos assinar a ordem de serviço da PE-193, que é uma obra inacabada, que foi da paralisação da sua continuidade em 2014 no governo João Lyra (PSDB) e uma das preocupações do governador é não deixar nenhuma obra inacabada até 2018”, afirmou Oliveira.