O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), em entrevista a Rádio Jornal na manhã desta quarta (12), voltou a se manifestar sobre a citação de seu nome na lista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato.
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O ministro alega que o inquérito foi aberto a partir da acusação dos delatores de que ele teria feito uma interlocução entre um parlamentar paulista e representantes da Odebrecht. "É imputado a mim o fato da empresa ter dificuldade de ser recebida por um parlamentar amigo meu do estado de São Paulo, a que eu tinha pedido que ele pudesse receber, ouvir os motivos e alegações da empresa para uma audiência pública. A partir desse meu pedido para que a empresa pudesse ser recebida por um colega parlamentar foi imputada a caraterização de corrupção".
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De acordo com Bruno, a construção de relações é típica da atividade parlamentar. "Isso é ato inerente ao parlamento, não é em relação a Odebrecht. É em relação a grupos de comunicação, sindicatos, demandas de qualquer entidade. O que mais nós fazemos é construir relações e apresentar as pessoas", explicou.
Inquérito
Bruno será investigado por corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem dinheiro. Ele é acusado de agir em defesa dos interesses da construtora Odebrecht no Congresso Nacional, quando então deputado federal, em troca de repasses financeiros em 2010 e 2012, nas campanhas eleitorais nacionais e municipais, respectivamente. As acusações são baseadas nas delações de quatro ex-executivos da empresa, que afirmaram que o ministro recebeu um total de R$ 600 mil não contabilizados, pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.