DELAÇÃO DO FIM DO MUNDO

Senador quer investigar papel dos bancos no esquema de corrupção

No Senado, delação do fim do mundo ainda repercute e parlamentar do Tocantins quer projeto para rastrear se bancos participaram do esquema de corrupção

JC Online
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Publicado em 17/04/2017 às 17:58
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No Senado, delação do fim do mundo ainda repercute e parlamentar do Tocantins quer projeto para rastrear se bancos participaram do esquema de corrupção - FOTO: Foto: Agência Senado
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No rastro da divulgação da lista do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, os bancos podem entrar na mira das investigações. O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) foi ao plenário do Senado nesta segunda-feira (17) e afirmou que vai apresentar à Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle um requerimento para apurar se o dinheiro da corrupção investigada pela Lava Jato circulou pelos bancos e pelas empresas transportadoras de valores do País.

Ataídes Oliveira ainda classificou de estarrecedora a felicidade com que os executivos Emílio e Marcelo Odebrecht relataram, em suas delações premiadas, terem comprado integrantes dos Poderes Executivo e Legislativo com o objetivo de conseguir a aprovação de leis para enriquecerem ainda mais.

“Espero que esses dois ratos estejam mentindo, que senadores não tenham recebido dinheiro para aprovar lei aqui dentro. Porque, se eles não estiverem mentindo, nós podemos fechar isso aqui. Eu entrego esse meu mandato imediatamente e nós podemos fechar isso aqui. Vender lei? Isso não é um país sério, isso não é coisa séria, isso é coisa de bandidos”, disse o senador.

DELAÇÃO DO FIM DO MUNDO

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No dia 11 de abril, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito contra oito ministros do governo Temer, 24 senadores e 39 deputados federais, entre eles os presidentes das duas Casas –como mostram as 83 decisões do magistrado do STF.

O grupo faz parte do total de 108 alvos dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, todos com foro privilegiado no STF. 

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