Desemprego

Audiência Pública discute desemprego no Recife

Devido ás recentes pesquisas sobre o desemprego, o evento procurou discutir causas e saídas para o problema

Vinícius Sales
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Vinícius Sales
Publicado em 31/08/2017 às 21:49
Laura Olívia/Divulgação
Devido ás recentes pesquisas sobre o desemprego, o evento procurou discutir causas e saídas para o problema - FOTO: Laura Olívia/Divulgação
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Com a altos índices de desemprego no cidade do Recife, uma audência pública para discutir o tema foi realizada no plenarinho da Câmara Municipal, nesta quinta-feira, 31.

Contanto com trabalhadores e representantes de entidades sindicais, o evento reuniu representantes da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco, o Departamento de Estudos Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIESSE), a Comissão Municipal de Emprego e Renda do Recife e da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente.

Supervisora do DIEESE, Jaqueline Natal, destacou a diminuição dos postos de trabalho. “O desemprego no Recife aumentou de 5.2% em 2015 para mais de 14%, ou seja, em dois anos o índice triplicou e representa o aumento de mais de 70, 80 mil pessoas desempregadas."

Compuseram a mesa da audiência pública o auditor fiscal Edson Lustosa, representando a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco; a supervisora do Departamento de Estudos Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIESSE), Jaqueline Natal; e o presidente da Comissão Municipal de Emprego e Renda do Recife, Ismael Maia. Com a ausência do secretário de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, a prefeitura foi representada pela gerente geral de Análise de Dados, Maíra Fisher, e a gerente geral de Empregabilidade, Cristiane Guedes.

Fazendo o contra ponto da prefeitura, Maísa culpabiliza a crise econômica pelo atual cenário. "Em 2011 entramos em um período de cículo virtuso, isso gerou muito dinheiro na economia. Com isso temos mais empregos e mais dinheiro. Em 2015 explode a crise no país. E essa foi uma das piores que já vivemos desde o início de século, pois tivemos dois anos seguidos de recessão com o PIB caindo a mais de 3%. Isso significou menos dinheiro na cidade. Cerca de 9 bilhões deixaram de circular na economia da cidade."

Na audiência o público pôde apresentar sugestões à mesa. Dentre elas foi sugerida a disponibilização de um cartão VEM temporário que garantiria a gratuidade do transporte público para pessoas desempregadas. A medida seria para auxilar esse público na hora de procurar emprego.

"Estamos trazendo algumas alternativas que podem ajudar no enfrentamento ao desemprego. Como, por exemplo, ampliar a rede das agências de emprego da cidade do Recife contemplando cada uma das RPAs, estreitar as relações com as empresas e identificar os postos de trabalho, e assim qualificar a população para preencher essas vagas,também é importante realizar um investimento maior do dinheiro público na qualificação profissional e na geração de emprego, isso sem falar na economia solidária e no empreendedorismo que também podem contribuir bastante”, afirmou o vereador Rinaldo Júnior (PRB), responsável por realizar a audiência.

Passe Desemprego

O Projeto de Lei Passe Desemprego, de autoria do vereador Rinaldo Junior, prevê à concessão de cinquenta passe-desemprego mensais gratuitos para uso nos transportes coletivos no Recife para os trabalhadores que recebam até cinco salários mínimos. O benefício será concedido nos primeiros seis meses, a partir de sua demissão, até o máximo de cinco meses, a cada doze meses. Para ter direito aos passes-desemprego, o beneficiário deverá comprovar, mensalmente, a situação de desempregado junto ao órgão municipal competente, apresentando os seguintes documentos: Carteira de identidade;CPF;Carteira de trabalho e Termo de rescisão contratual. Atualmente o projeto se encontra em tramitação na Câmara.

Desemprego no Recife

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Recife tem mostrado os piores índices de desemprego do páis. Comparado com outras cidades e regiões metropolitanas. Segundo o Ipea, pernambuco teve um saldo negativo de menos 7.475 empregos entre janeiro e julho deste ano. Em outro. Já o Cajed apresenta que, em um espaço de 12 meses, o município teve uma queda de mais 17 mil pessoas perderam seus empregos. O número representa 54% das demissões do estado.

Confira abaixo a audiência na íntegra

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