Apesar do balanço do 2º quadrimestre da Prefeitura do Recife ter indicado que os gastos com a folha de pagamento permanecem no limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) garantiu ontem que as contas da gestão estão sob controle.
“Na realidade, esses indicadores acontecem por conta do desempenho das receitas. A crise econômica que o Brasil vive está tocando muito forte nas receitas de todos os governos estaduais e municipais e isso ocasiona que o comprometimento da despesa de pessoal chegue no limite de alerta, mas estamos fazendo esforço muito grande para enfrentar a crise e temos como meta manter as contas equilibradas”, disse o prefeito.
Questionado sobre o 13º dos servidores, Geraldo afirmou que está “trabalhando para que o décimo terceiro fique garantido e o pagamento de todas as folhas”. O comprometimento da Receita Corrente Líquida (RCL) com a Despesa Total com Pessoal está no limite de alerta desde o ano de 2015. Entre os meses de maio a agosto deste ano, ficou em 50,26%. No entanto, houve uma diminuição com relação ao 1º quadrimestre, que era de 50,47%.
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Reajuste dos servidores
Os servidores da prefeitura realizaram uma série de mobilizações no meses de julho e agosto deste ano pleiteando um reajuste, com direito a velório simbólico de Geraldo Julio no cemitério de Santo Amaro. Após sete Mesas de Negociação Salarial e uma paralisação que durou 16 dias, os servidores restabeleceram as suas atividades com a promessa de reabertura do diálogo com a gestão. A prefeitura enviou um projeto de Lei para a Câmara dos Vereadores estabelecendo o reajuste do vale-refeição, que passou a ser de R$ 18 diários, e um abono salarial de R$ 300 para carga horária de 30 horas semanais e proporcional para as demais jornadas.
O reajuste de 2% ficou submetido ao comportamento da receita. Só seria concedido caso o comprometimento com a folha saísse do limite de alerta, ficando igual ou menor a 48,6%. Segundo Geraldo, ainda é cedo para discutir sobre a viabilidade de um reajuste para o próximo ano. “Não sabemos o que vai acontecer com a economia do País, não existe nenhuma projeção confiável”, contou.