Disputa

PMDB aprova novo estatuto que pode tirar comando de Jarbas em PE

Uma das alterações no estatuto do PMDB é a a prerrogativa da Comissão Executiva Nacional de dissolver os diretórios estaduais

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Publicado em 19/12/2017 às 13:16
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Uma das alterações no estatuto do PMDB é a a prerrogativa da Comissão Executiva Nacional de dissolver os diretórios estaduais - FOTO: Agência
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Além da aprovação da mudança de nome para MDB, a Convenção Nacional do PMDB também aprovou com 325 votos alterações no estatuto do partido, entre elas a prerrogativa da Comissão Executiva Nacional de dissolver os diretórios estaduais. Isso implicaria perda do comando do PMDB de Pernambuco do deputado federal Jarbas Vasconcelos e do vice-governador Raul Henry para as mãos do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), intenção já evidenciada pelo presidente nacional da sigla, o senador Romero Jucá (PMDB).

Segundo o PMDB, nessa segunda-feira (18), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu parecer confirmando o estatuto do partido e reconhecendo que a Comissão Executiva Nacional é o órgão competente para promover a dissolução de diretórios. O novo estatuto que daria a Romero o direito de afastar Raul Henry da presidência estadual do partido e nomear um presidente provisório que deve convocar as eleições no diretório. 

“Teremos o PMDB, ou o MBD (a mudança no nome do partido também está na pauta da convenção) fortalecido em Pernambuco com a presença do senador Fernando Bezerra Coelho e de deputados federais que estarão ingressando no partido”, afirmou Jucá no discurso.

MDB 

Para um auditório esvaziado, o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), anunciou que os integrantes do partido aprovaram a mudança do nome para MDB (Movimento Democrático Brasileiro), como era chamado durante o regime militar. O MDB foi criado em 1966, para fazer oposição à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido que dava sustentação à ditadura militar. O fim do bipartidarismo, em 1979, levou à reorganização do quadro partidário e fez o MDB virar PMDB.

A mudança do nome, às vésperas do ano eleitoral, é uma estratégia para dar uma repaginada na sigla após Michel Temer assumir a Presidência da República. Dirigentes negam que a alteração seja uma tentativa de "esconder" a sigla atrás de uma nova marca, já que a cúpula da legenda e o próprio Temer têm sido alvo de escândalos de corrupção, especialmente no âmbito da Operação Lava Jato.

Durante o evento, foi apresentado um vídeo e um jingle com uma espécie de slogan que deve ser usado pela legenda: "Quem move o Brasil é o MDB". Jucá também afirmou que serão criados novos grupos setoriais para atender alas do partido como os evangélicos e o núcleo ambientalista.

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