Pré-candidato do PSDB ao Governo de Pernambuco, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes defende publicamente que a oposição tenha três candidatos. Ao JC, ele explica que uma coligação unindo todos os partidos de oposição que ficasse marcada como um palanque do presidente Michel Temer (PMDB) poderia "afundar todos". Além de si próprio, Elias vê os senadores Armando Monteiro Neto (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PMDB) como os nomes que disputariam o governo pela oposição.
"Essa é uma estratégia mais inteligente do que você fazer um blocão, ele ser carimbado como palanque de Temer em Pernambuco, e afundam todos. Essa questão de candidatura única da oposição não é uma solução inteligente. Pelo contrário, ela é muito arriscada. Você viu após aquele ato de lançamento da frente o que o PSB tentou passar, carimbando que esse é o palanque de Temer", afirma Elias.
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O ex-prefeito lembra que não participou do governo Temer e teve postura reticente em relação ao impeachment, chegando a escrever artigo dizendo que se estava "trocando seis por meia dúzia".
Palanque para Alckmin
Além de evitar a pecha de "palanque de Temer", Elias defende que a candidatura do PSDB serviria de apoio ao projeto presidencial do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) no Estado. Tradicional reduto petista, o Nordeste é um desafio para o PSDB nas eleições de 2018.
"Nós estamos vendo o PMDB na possibilidade de apoiar um candidato como o ministro da Fazenda (Henrique Meirelles), o DEM falando na possibilidade de lançar Rodrigo Maia. Então o PSDB necessariamente terá que ter um candidato que garanta um palanque para o presidente Alckmin", explica o ex-prefeito.
O deputado federal Bruno Araújo, presidente estadual do PSDB, foi procurado pelo JC, mas está em viagem internacional.