Com informações da repórter Luisa Farias, do Jornal do Commercio
O governador Paulo Câmara (PSB) ressaltou a "convergência" entre o PSB e o PT nesta terça-feira (6) ao comentar a entrevista exclusiva do ex-presidente Lula (PT) à Rádio Jornal em que o petista diz que os dois partidos podem voltar a conversar e diz que o PT precisa pensar se quer continuar brigando com um possível aliado ou disputar uma eleição "sem fazer aliança com ninguém". À imprensa após a declaração de Lula, Paulo disse querer "juntar as pessoas" que possam ajudar no melhor para Pernambuco.
"A gente tem muito respeito pelo presidente Lula. Ele foi um grande parceiro de Pernambuco quando foi presidente da República. Era um amigo de Eduardo Campos. Algumas questões nos levaram a nos afastar do PT. Mas nós temos mais convergências do que divergências", afirmou o governador, durante solenidade de lançamento do novo Portal da Transparência do Estado, no Palácio do Campo das Princesas.
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Paulo Câmara também disse ter respeito pelas pessoas que estão no PT. "Não estamos concordando como o Brasil está sendo administrado atualmente. E queremos conversar com o campo de centro esquerda e com pessoas que pensam diferente. Evidentemente, a gente vai estar sempre a disposição para o diálogo, para a conversa, para sentar na mesa. A gente quer o melhor para Pernambuco e para o Brasil. E quer juntar quem possa nos ajudar nisso", explicou o socialista.
O que disse Lula?
Em entrevista à Rádio Jornal, Lula disse que o PT pode voltar a conversar com o PSB em Pernambuco, mas lembrou que a sigla tem pré-candidatos ao governo. "Toda a briga que nós tivemos com o PSB não me faz crer que o PSB só tenha adversários", disse o ex-presidente. "Agora, está chegando uma nova eleição e os partidos precisam pensar o que é melhor para o povo de Pernambuco. Se é a gente continuar brigando com um possível aliado capaz de se construir um programa para o Estado ou se a gente vai simplesmente fazer sozinho uma eleição sem fazer aliança com ninguém. Nós temos que discutir com muita maturidade", declarou o petista.
Ouça a íntegra da entrevista:
Em Pernambuco, PT e PSB romperam em 2012, quando o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), derrotou o senador Humberto Costa (PT), encerrando um período de 12 anos de gestão petista na Capital. Em 2013, a sigla deixou o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) para lançar o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, já falecido, como candidato a presidência da República no ano seguinte.