Após as especulações de que seria o vice na chapa do PSB para o governo do estado nas eleições deste ano, o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) se encontrou com o governador Paulo Câmara na festa dos Papangus de Bezerros, no Agreste, neste domingo (11). Além do petista, também estavam no desfile o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) e o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE).
O encontro reforça o que está sendo falado nas coxias, de que o petista vai compor a majoritária de Paulo. O governador terá que escolher um novo vice, já que desde o ano passado, o atual vice-governador, Raul Henry (PMDB), trabalha a sua candidatura para a Câmara. “Estou me preparando para ser deputado federal”, afirmou o peemedebista ao JC, ainda em dezembro de 2017. Outro nome do PMDB que tem se colocado como candidato para a chapa majoritária é de Jarbas Vasconcelos, para o Senado.
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A possível escolha do nome de João Paulo para a majoritária é ventilada desde setembro do ano passado. Inicialmente, o nome dele foi lembrado por socialistas para concorrer a uma das vagas ao Senado, o que afastaria a possibilidade de reeleição do senador Humberto Costa (PT). Nos bastidores, a questão dos cargos ainda não estaria sendo debatida. A aproximação estaria ocorrendo sem imposições. Apenas quando a aliança for formalizada é que se avaliará a composição da majoritária.
Desacordos
Dentro do PSB, nem todos concordam com a possível escolha de João Paulo para vice-governador. O deputado estadual Lucas Ramos, que compõe a bancada do governo na Alepe, emitiu nota sobre o assunto. Confira:
"A histórica aliança entre PSB e PT, “celebrada no meio do povo“ como afirmava o governador Miguel Arraes, precisa ser melhor compreendida pelos dois partidos. Cada uma dessas legendas deve se fortalecer disputando o primeiro turno com candidaturas majoritárias e proporcionais próprias para, assim, eleger uma bancada maior de deputados federais e estaduais.
Ressalta-se a importância da instituição, na nossa democracia, dos dois turnos para as eleições majoritárias no Brasil. Erram, PSB e PT, quando queimam essa etapa com uma candidatura única entre os dois e ganham os partidos de centro-direita com esse erro tático dos de centro-esquerda. No segundo turno sim, um precisará do outro para juntos serem protagonistas de um modelo de governo que o Brasil precisa.
Como deputado no PSB vou defender, no congresso nacional do partido, a tese da candidatura à reeleição do nosso governador Paulo Câmara e aguardar o segundo turno para, se for o caso, celebrar uma aliança que congregue os ideais de centro-esquerda com o Partido dos Trabalhadores".