Em sessão nesta segunda-feira (19), vereadores da Câmara Municipal do Recife repercutiram a morte da vereadora carioca Marielle Franco (Psol), assassinada na última quarta-feira (14). Parlamentares de diversos partidos se pronunciaram sobre o caso e chamaram atenção para a violência ocorrida no Rio de Janeiro.
À tribuna, o vereador Ivan Moraes (PSOL) lembrou da trajetória de Marielle e reafirmou que a morte da vereadora se deu por execução. "Uma mulher corajosa que nunca que teve medo de denunciar a violência todo tipo de violência. Não importante de onde ela estivesse vindo. Nunca se acovardou para denunciar a brutalidade, a covardia e as atrocidades da guerra contra as drogas." E complementa: “Nosso luto é verbo".
Leia Também
Em aparte, vários outros vereadores se posicionaram sobre o caso e prestaram solidariedade à correligionária de Ivan. O primeiro a falar foi o vereador Rinaldo Júnior (PRB), líder da oposição."Alí tinha uma mulher negra, mãe, militante e principalmente, o que nos une, uma pessoa eleita pelo voto popular de forma direta."
A presidente da Comissão em Defesa dos Direitos da Mulher, Aline Mariano (MDB) também corroborou o aparte do colega e cobrou das autoridades maior vigilância sobre o feminicídio. " Nós moveremos todos os poderes. E se preciso for, nós iremos à Brasília também. Registrar que nós queremos punição. Para que crimes como esse não passem batidos. Não irão nos calar". Os vereadores Hélio Guabiraba (PRTB), Jaime Asfora (MDB), Ana Lúcia (PRB), Wanderson Florêncio (PSC), Renato Antunes (PSC), Amaro Cipriano Maguari (PSB) e Jairo Britto (PT) também apartearam o discurso de Ivan.
DIREITOS HUMANOS
A Comissão de Direitos Humanos da Casa soltou nota de pesar nesta segunda-feira (19) repudiando o assassinato de Marielle Franco. "O Poder Legislativo é a representação popular, o que faz com que um atentado à vida de uma das suas integrantes seja também uma violação ao Estado democrático de direito e ao pleno funcionamento das instituições. Por isso, este Colegiado exige que um crime desta natureza seja rigorosamente investigado e seus responsáveis, responsabilizados, levando em consideração o direito à defesa e o devido processo legal”, diz um trecho da nota."