ELEIÇÕES 2018

'Espero que ele seja preso', diz pré-candidato do Novo sobre Lula

Pré-candidato à Presidência, João Amoêdo disse não existir salvador da pátria na política, defendeu privatizações e o porte de armas; confira

Da editoria de Política
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Publicado em 20/03/2018 às 17:28
Foto: Léo Motta / JC Imagem
Pré-candidato à Presidência, João Amoêdo disse não existir salvador da pátria na política, defendeu privatizações e o porte de armas; confira - FOTO: Foto: Léo Motta / JC Imagem
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Para o pré-candidato do Partido Novo à Presidência da República, João Amoêdo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ser preso, o Brasil precisa de privatizações, reforma da previdência e de mais incentivo ao empreendedorismo.

Ele esteve no Recife para o ato de lançamento da pré-candidatura à presidência e filiação de novos integrantes ao Novo. Entre eles, o empresário Jorge Cavalcanti de Petribu. Em entrevista ao Resenha Política, na TV JC, nesta terça-feira (20), ele falou sobre as ideias do partido para o País e disse que não pretende fazer alianças políticas para chegar ao poder.

Confira a entrevista com João Amoêdo

Prisão em 2º instância e prisão de Lula

O julgamento já foi feito, ele foi condenado, espero que a justiça seja feita e que ele seja preso. Essa questão da segunda instância, já foi discutida e claramente está sendo motivado por uma questão específica. Sou contra, acho que o Supremo deve deixar isso de lado e discutir coisas mais importantes como o foro privilegiado, que somos contra.

O que o Partido Novo traz de realmente novo?

Primeiro a formação do partido. Em 2011, fomos formados por membros da sociedade civil, que não tinham envolvimento com a política e entenderam que era preciso sair da indignação e ir para a ação. O pressuposto sempre foi entrar na política para devolver poder ao cidadão. Fazer o estado deixar de se aproveitar do cidadão e servir à sociedade. Reduzindo a carga tributária e melhorando a qualidade dos serviços públicos. Além disso o Partido não usa dinheiro público.

Candidatos precisam de processo seletivo

Queremos garantir pessoas éticas, com competência para entrar na área pública e fazer o que é preciso. Por isso, temos um processo seletivo, fazemos prova para ver se o candidato está alinhado com o estatuto do partido, depois o candidato apresenta um vídeo para se apresentar, passa por um processo de entrevista e atividades em campo. Assim, qualquer um pode se candidatar e garantimos que a pessoa tenha qualificações e não seja apenas um puxador de votos.

"Não usamos dinheiro público"

Recebemos cerca de R$ 100 mil por mês, já são mais de R$ 3 milhões e deixamos acumular no Banco do Brasil, até tentamos devolver ao Tesouro Nacional. Somos o único partido que não usa o dinheiro na manutenção, pois não julgamos ser razoável tirar dinheiro da saúde e educação para financiar partidos políticos, que deveria ser financiado por seguidores e filiados, até porque se o partido se desvirtuar, o seguidor sai e o partido deixa de existir.

Confira como foi o Resenha Política

Pauta para o Nordeste?

O que queremos em essência é devolver o poder ao cidadão. Temos uma educação de péssima qualidade, insegurança e precisamos do empreendedorismo, queremos conversar muito para saber as demandas de cada lugar, não tem recorte para o Nordeste específico, mas sabemos que o Brasil é grande e queremos saber as demandas de cada região. Precisamos de um pacto federativo diferente, onde estados e municípios tenham mais autonomia. Hoje os recursos estão concentrados em Brasilia e nada melhor do que quem está na região para saber o que precisa ser feito.

Redução do Estado

O estado no Brasil tem sido grande concentrador de renda e tem dificultado para o cidadão gerar riqueza. As ideias do Novo vão no sentido do estado sair da gestão de empresas, que deram prejuízo aos cofres públicos. Os correios, por exemplo, dá prejuízo pois existem indicações políticas.

Intervenção no Rio

Eu apoio a intervenção, não foi planejada, pode ter caráter eleitoral, mas dada a criminalidade e ausência das lideranças no Rio, ela é benéfica. Ainda assim, ela foi feita com prazo de terminar, as medidas para combater violência vão ser feitos em parte. Defendemos o combate forte à impunidade e leis penais mais rígidas, as pessoas ficam pouco tempo presas, as polícias não fazem ciclo completo de investigação e prisão, muitos países já fazem. Defendemos também a parceria público-privada para presídios no Brasil, hoje são máquinas de recrutamento para o crime, tem que fazer combate ao crime organizado, defendemos legítima defesa e somos contra o estatuto do desarmamento. Fora isso, precisamos aparelhar de tecnologia a polícia.

Direitos humanos

Eu não gosto da ideia da esquerda de colocar o bandido como vítima da sociedade. Vítimas são as pessoas assaltadas e as que perdem suas vidas. Também não gosto da ideia de que nosso problema é a polícia, eles são parte importante da solução. Se existem policiais corrompidos, não se pode generalizar. Temos que valorizar o policial e temos bolsa para a família do preso, mas não se dá bolsa para a vítima.

Como acabar com privilégios?

Nossos representantes não dão exemplo, temos presidência e congresso que gastam muito. Então a população não aceita. Somos a favor da reforma da previdência, a conta não fecha, há um desiquilíbrio enorme, ficamos sem recurso para outras áreas se a reforma não for feita. Nossos quatro vereadores eleitos cortaram verba de gabinete e assessores e funciona até melhor, com gente de qualidade, capacitada.

Tempo de TV e alianças

Provavelmente não faremos alianças. Gostaríamos de alianças em cima de princípios, valores e nossa proposta de reduzir estado não é bem aceita. Isso na prática reduz o poder do político e eles não abrem mão de poder de ter mais assessores indicando alguém para estatal, não é a pauta dos políticos. O tempo de televisão deve ser sete segundos, vai ser rápido e precisamos usar muito as mídias sociais, somos o maior partido em número de seguidores e temos pessoas novas. Queremos mostrar que não existe salvador da pátria, existe conscientização e participação de cada um.

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