PP cresce na janela, apesar de ser partido com mais nomes na Lava Jato

O Partido Progressista (PP) passou a ser a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados, ultrapassando o número de parlamentares do PSDB e MDB, perdendo apenas para o PT. Antes da janela partidária, o PP tinha 38 parlamentares naquela casa e passou a contar com 56, segundo o presidente estadual do PP em Pernambuco, Eduardo da Fonte.

Mesmo com janela partidária fechada, negociações permanecem

E não para. “A nossa expectativa é eleger 14 deputados estaduais”, conta. Isso significaria 30% das 49 vagas da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Atualmente, o PP é a segunda maior bancada na casa de Joaquim Nabuco com seis parlamentares.

A fome do PP por deputados federais tem duas explicações: quanto maior o número de deputados federais, o partido consegue mais recursos e terá mais tempo de TV na campanha. Para a Câmara dos Deputados, o PP de Pernambuco já tem nove pré-candidatos, incluindo Marinaldo Rosendo (ex-PSB), que tenta a reeleição, e o estadual Eriberto Medeiros, ex- PTC.

“As nossas principais bandeiras são o desenvolvimento, a família e a defesa do consumidor”, diz Eduardo da Fonte, acrescentando que o partido tem “um perfil mais moderado sem ser conservador radical”.

Pertencem ao PP dois dos mais conservadores políticos que atuam em Pernambuco: o deputado estadual pastor Cleiton Collins e a vereadora do Recife Michelle Collins, que já postou em uma rede social um pedido de oração para “quebrar a maldição de Iemanjá”, virando alvo do Ministério Público. No Brasil, a Lei 9.459 considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões.

Michele foi a vereadora mais votada do Recife em 2016. Outro grande puxador de votos do PP é o próprio Eduardo, o deputado federal mais votado no Estado em 2014.

Lava Jato

O PP também está entre os partidos com mais políticos citados na Lava Jato. “Os 14 maiores partidos do País tiveram nomes na Lava Jato. Todos estão se defendendo nas instâncias cabíveis”, conclui.