Impugnação

OAB-PE pede impugnação da candidatura de Joel da Harpa

A OAB classificou a conduta do deputado durante uma confusão envolvendo advogados e populares como falta de decoro parlamentar

JC Online
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Publicado em 22/08/2018 às 20:50
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A OAB classificou a conduta do deputado durante uma confusão envolvendo advogados e populares como falta de decoro parlamentar - FOTO: Foto: Reprodução
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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE), Ronnie Preuss Duarte, protocolou na tarde desta quarta-feira (22), na Procuradoria Regional Eleitoral do Ministério Público Federal em Pernambuco, no Recife, o pedido de providências para a impugnação do registro de candidatura a deputado estadual de Joel da Harpa.

A OAB-PE afirmou que também entrará com representação contra Joel da Harpa na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) por quebra do decoro parlamentar. A iniciativa é decorrente da conduta do deputado estadual em uma manifestação promovida na última terça-feira (21), em frente ao 1º Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (Biesp), sediado em Caruaru, no Agreste. Na ocasião, aconteceu uma confusão envolvendo advogados da Ordem de Advogados do Brasil (OAB) e populares do município de Caruaru.

Ainda segundo a OAB, o pleito entregue ao procurador regional eleitoral, Francisco Machado, considerou também a expulsão de Joel dos quadros da Polícia Militar de Pernambuco, ocorrida em 2017, o que o qualifica como ‘ficha suja’.

A confusão

A confusão aconteceu durante um desagravo público realizado pela OAB em desfavor de quatro policiais militares lotados no 1º Biesp que estão envolvidos na prisão do advogado Sávio Delano no dia 5 de julho. A OAB considerou a prisão como arbitrária. 

Na ocasião, segundo o Presidente da OAB Pernambuco, Ronnie Duarte, o deputado estadual Joel da Harpa (Podemos) estaria motivando a população para que a confusão fosse ocasionada. "O deputado difundiu uma falsa informação afirmando que a OAB iria acabar com o Biesp de Caruaru. Nós reconhecemos o trabalho do Biesp e o ato de desagravo é contra três ou quatro policiais", declarou.

Para Ronnie, o ato de desagravo é uma situação para restabelecer a honra profissional, ressaltando que o ato de desagravo foi contra os policiais que fizeram a prisão do advogado, não do Biesp. "Nós estávamos em paz e não realizamos adjetivos ou abusos contra os populares que nos agrediram", contou o presidente da OAB.

Em contrapartida, o deputado Joel da Harpa contou que os advogados teriam iniciado o tumulto, defendendo que estava fazendo um discurso contra os ideais dos advogados e, assim, foi iniciada a confusão. "Tinha políticos do PSol no local. Essa esquerda radical não quer deixar espaços para outras opiniões. Por isso, eles partiram para agressão", defendeu.

Joel da Harpa ainda contou que recebeu um convite dos moradores do município e de policiais militares em que era afirmado que advogados estavam fazendo um movimento contra o batalhão. "Atendi o convite da população e de policiais e vi que, no local, estava sendo realizado um ato político desnecessário. Quando comecei a fazer minha denúncia os advogados partiram para cima", explicou o deputado.

Pedido de impugnação

De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a resolução do pedido de impugnação do deputado Joel da Harpa, bem como o de todos os outros candidatos denunciados nessa eleição será divulgado nesta quinta-feira (23). A MPPE lembra ainda que mesmo após a denúncia aceita, os pedidos de impugnação são enviados ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), órgão que definitivamente pode impedir um candidato de concorrer às eleições.

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