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Em livro, Moro defende imprensa e diz que artistas devem ser deixados à vontade

Livro será lançado no Recife, no domingo 5 de dezembro, em evento no Rio Mar

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Jamildo Melo

Publicado em 30/11/2021 às 8:00 | Atualizado em 30/11/2021 às 9:04
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Nos poucos momentos em que trata da área cultural, no livro Contra o Sistema da Corrupção, o ex-ministro Sérgio Moro busca passar a ideia de que não deve haver censura., buscando ao que parece se distanciar mais uma vez de Bolsonaro

"A liberdade criativa foi intensa, mas os artistas devem ser deixados à vontade", afirma, após comentar o filme o Mecanismo produzido pelo cineasta José Padilha para a Netflix. Ele relata que gostou mais do filme Polícia Federal. A lei é para todos, de Tomislav Blazic, que considera um retrato bem próximo dos fatos. A estreia do filme foi em Curitiba. Moro prestigiou o evento, ao lado do juiz federal Marcelo Bretas. "Foi um evento bem prazeroso", diz.

Na obra, ele também defende o trabalho da imprensa profissional, sempre atacada pelo atual presidente.

"... por fim, eu também discordava do tratamento concedido à imprensa pelo presidente. Sempre que podia ele atacava a mídia, por vezes de forma grosseira. A imprensa sempre cumpre um papel relevante. Não lhe cabe agradar ao governo. Por vezes, exagera nas críticas, mas nada a justificar a beligerância governamental, que invariavelmente leva a uma escalada de ódio, potencializadas pelas redes sociais. O mais apropriado é buscar o diálogo e a aproximação. Se isso não for possível, que se tolere a divergência, ainda que ferina. Durante a Lava Jato e mesmo no cargo de ministro, fui muitas vezes tratado de maneira injusta pela imprensa. Mesmo assim, nunca agredi jornalistas e veículos de comunicação", compara.

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