Eleições 2022

Em livro, biógrafo de Lula aproxima Geraldo Alckmin do MTST

Livro de Lula e Moro estão nas livrarias na virada do ano eleitoral

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Jamildo Melo

Publicado em 14/12/2021 às 10:54 | Atualizado em 20/12/2021 às 9:30
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Quando estavam no governo federal, os petistas demonizavam os tucanos, mas na biografia de Lula, já nas livrarias,  não passam desapercebidos às citações aos caciques do PSDB. Especulações dão conta que Lula, para se aproximar do centro e ganhar mais musculatura nas eleições de 2022, poderia contar com o tucano Geraldo Alckmin na chapa.

Logo nas primeiras páginas, ao tratar da prisão de Lula, em São Paulo, Fernando Morais cita o então governador de São Paulo, do PSDB. A concessão não parece gratuita.

Fernando Morais conta que Guilherme Boulos, líder do MTST e dirigente do Psol, acabra de chegar do Nordeste e ao pousar no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, foi orientado a ir para a região do ABC.

"Era mesmo a região do ABC o destino de Boulos ao pousar em São Paulo. Ele já estava atrasado para uma assembleia convocada para aquela tarde pela ocupação Povo Sem Medo, do MTST, um mega acampamento de 60 mil metros quadrados instalado em frente à fábrica da Scania, em São Bernardo, no qual 8 mil famílias desabrigadas viveram por seis meses sob barracas de náilon", informa.
"A assembleia daquela quinta-feira era festiva e destinada a organizae a vitoriosa desmobilização dos acampados, que deixavam o local: em troca da desocupação do terreno, de propriedade de uma construtora, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), assinara com Boulos um protocolo se comprometendo a construir e entregar 2400 unidades habitacionais para os sem-teto instalados no acampamento"

Além deste episódio com Alckmin, quando mais a frente fala da criação do movimento sindical no ABC, o autor volta a citar os tucanos, mostrando que o ex-presidente FHC foi eleito senador com a ajuda de Lula, que até então afirmava odiar política e políticos.

Na obra, o autor conta ainda que, no dia da prisão, o plano de Lula era ir para o sindicato do ABC e participar de um churrasco, conforme estava negociando com Moises Sellerges, diretor do sindicato dos metalúrgicos.

Morais revela ainda que, em segredo, Lula chamou o auxiliar pessoal Marcola e pede que ele viaje para Curitiba, para onde ele seria levado depois de ter sido preso em São Paulo. O funcionário do Instituto Lula foi o primeiro a saber do destino do ex-presidente, enquanto o PT e o ex-presidente mantinham suspense, no cerco ao sindicato dos metalúrgicos, em abril de 2018.

 

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