Dia Mundial das Vítimas do Trânsito: Um dia para chorar pelos mortos e mutilados nas ruas e avenidas do País

Publicado em 17/11/2019 às 8:00 | Atualizado em 12/11/2020 às 15:24
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São 40 mil mortos (em média) e 400 mil mutilados por ano pelo trânsito brasileiro. E as perspectivas são as piores. Foto: Heudes Régis/Acervo JC Imagem   Todo 3º domingo do mês de novembro, desde 2005, é um dia para chorar e lamentar as mortes e os ferimentos em acidentes de trânsito. É o Dia Mundial em Memória das Vítimas do Trânsito. Uma data que não poderia ser mais simbólica para o momento atual, quando o governo federal decidiu extinguir o seguro DPVAT. No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são 1,3 milhão de vítimas do trânsito por ano. No Brasil, são 40 mil mortes (média anual pelos dados do SUS) e 400 mil lesionados/ano que custam R$ 54 bilhões à saúde pública, segundo dados do IPEA. Com o custo dos 40 mil mortos anualmente no País, seria possível construir 28 mil escolas da educação básica ou 1.800 novos hospitais. E mais: se considerarmos os últimos cinco anos de dados disponíveis sobre a violência no trânsito, estaremos falando de quase R$ 250 bilhões, o que daria para construir 125 mil escolas ou 8 mil hospitais.

 

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Para chamar atenção para a data, a Associação Metropolitana de Ciclistas (Ameciclo) fará na manhã deste domingo uma intervenção urbana na Rua dos Palmares (continuação da Avenida Mário Melo), em Santo Amaro, área central do Recife. Serão colocadas placas com os nomes, idades e locais de mortes de 20 ciclistas que morreram atropelados no trânsito da Região Metropolitana do Recife. Os cicloativistas também cobrarão a implantação de estrutura ciclável nas grandes avenidas da região. Eles defendem que a maior parte das colisões e atropelamentos que acontecem todos os dias poderia ser evitada com mudanças na infraestrutura das ruas, na fiscalização e na redução das velocidades máximas.  

O vídeo abaixo resume a transformação que alguns condutores sofrem quando estão ao volante. Confira!  

 

 “Foram quatro ciclistas mortos somente nos últimos 30 dias, incluindo Emily, uma garota de 5 anos. As avenidas ainda são os locais que mais matam pessoas e, portanto, precisam de estruturas como ciclovias e a redução de velocidades. É função do poder público estabelecer medidas para prevenir mortes nas grandes avenidas da cidade”, alerta Bárbara Barbosa, da Ameciclo. Recife é a quinta capital brasileira que mais mata no trânsito. O índice de mortes da cidade, baseado em dados do DATASUS de 2017, é de 29 mortes por 100 mil habitantes. Em 2017, 471 pessoas morreram no trânsito recifense: 144 eram pedestres.

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