Caso da privada já tem data de julgamento

Thiago Wagner
Publicado em 01/05/2015 às 7:38


Foto: Guga Matos/JC Imagem

Por Leonardo Vasconcelos

Do Jornal do Commercio

Neste sábado completa um ano. Foram 365 dias que para uns passaram tão rápido quanto a velocidade com que, no dia 2 de maio de 2014, um vaso sanitário foi jogado do anel intermediário do Arruda e matou o soldador naval, Paulo Ricardo Gomes, de 26 anos. Para outros, que perderam um ente querido, o período se arrastou tão lento quanto a justiça que reclamam ainda não ter sido feita. Mas será. E o dia para isso já está pré-definido: 16 de junho de 2015. Data reservada pela 2ª Vara do Tribunal do Júri para começar, a partir das 9h, no Fórum Rodolfo Aureliano, em Joana Bezerra, o júri popular dos três acusados pelo crime.

O Jornal do Commercio apurou com exclusividade a informação que foi confirmada oficialmente, ontem, pelo juiz Jorge Luiz dos Santos Henrique, por meio da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Este é mesmo o dia previsto inicialmente para o julgamento de Everton Felipe Santiago Santana, de 23 anos, Luiz Cabral de Araújo Neto, 30, e Waldir Pessoa Firmo Júnior, 34, que vão responder por homicídio consumado e três tentativas de homicídio. Só falta o magistrado assinar o ato de designação de data de sessão do júri que, dependendo dos trâmites internos, deve ser feito na próxima semana.

Já tendo esperado 365 dias, a família de Paulo Ricardo agora vai contar os próximos 44 até o júri popular. “Estamos acreditando e confiantes. Desde o ocorrido, houve logo uma ação. A polícia trabalhou, a justiça trabalhou, até pela repercussão do caso. Estamos confiantes que o Ministério Público também vai fazer a sua parte. O país em que vivemos muitas vezes é injusto, a impunidade acontece, por isso tantos atos de barbaridade. Acreditamos que eles peguem a pena máxima para que seja abrandado esse sofrimento, essa dor”, disse o tio da vítima, Tiago Valdevino. No entanto, nada, nem a condenação do trio vai preencher o vazio que sente o pai do jovem (ver entrevista abaixo). Ainda muito abalada, a mãe não quis dar entrevista.

Naquela noite de 2 de maio 2014, a partida entre Santa Cruz e Paraná, pela terceira rodada da Série B do Brasileiro, terminou em empate por 1x1. Após o jogo é que veio a derrota. Do futebol pernambucano. Os integrantes da Inferno Coral, Waldir, Luiz e Everton, arremessaram dois vasos sanitários do Arruda. Um atingiu em cheio o “rival” da Torcida Jovem Paulo Ricardo que estava dando apoio à organizada coligada do Paraná. Ele morreu na hora. Outras três pessoas ficaram feridas. Os estilhaços da violência, no entanto, são sentidos por todos até hoje.

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