Cuidado! Piscinas podem virar berçários do mosquito da dengue

Karoline Albuquerque
Publicado em 26/06/2015 às 9:31


Se você é daqueles que gostam de levar a família para clubes com piscina ou fazem alguma atividade como natação ou hidroginástica fique atento e procure saber se o seu clube está tomando todos os cuidados para não deixar o ambiente virar um foco da dengue, ou no próximo mergulho você poderá encontrar larvas na beira da piscina e contrair a doença. Com o aumento de casos da doença (mais de 4.724 pessoas no Estado segundo números da Secretaria Estadual de Saúde) a preocupação passou a ser também com os clubes que disponibilizam estes reservatórios para fins recreativos ou esportivos.

José Gomes Neto/Assessoria de Imprensa

Como o mosquito 'trabalha' nas piscinas

Como se sabe, o Aedes aegypti deposita os ovos em recipientes com agua limpa e parada. Nas piscinas, os ovos são colocados nas bordas, esperando contato com a água para saírem. Eles têm a casquinha bem dura e podem ficar até dois anos no local.

Prevenção

Um dos melhores combatentes é o cloro, mas ele precisa ser utilizado de forma correta para não prejudicar quem irá entrar na água. Segundo o gestor do parque aquático do Náutico, Hilário Sirvimi, para combater a entrada do mosquito é preciso controlar o uso de cloro.

"O nosso parque aquático é limpo três vezes por dia. Quanto a piscina nós controlamos a quantidade do uso de cloro, que é entre 7.3 e 7.5 de PH (Potencial Hidrogeniônico). Em um ambiente clorado e onde a água não fica parada o mosquito da dengue não entra", disse o gestor, que estipula uma média de 150 alunos por dia no parque aquático do clube. Outro clube bastante frequentado no Recife por atletas e sócios é o Português.

Auxiliadora Silva é gerente do clube e afirma que as três piscinas utilizadas também recebem limpeza todos os dias. "Todos os dias colocamos cloro e ainda não tivemos casos de dengue no clube". Outra ferramenta que previne focos do mosquito é a capa protetora que cobre a água e impede a entrada do mosquito. Tanto o Náutico quanto o Português não utilizam o equipamento já que ficam por poucas horas com as piscinas vazias.

"Nosso parque aquático funciona das 5h às 21h. Não tem necessidade colocar capa protetora, a não ser que ela entre em manutenção. Capas são mais frequentes em piscinas de condomínios, casas de praia e outros lugares em que as pessoas não utilizam com frequência", conta Hilário. No Português a situação é bem parecida, já que o clube também recebe um grande número de pessoas todos os dias (incluindo feriados e finais de semana) e funciona das 7h às 21h.

O potencial hidrogênico

É a concentração do íon hidrogênio existente na água. Quanto mais hidrogênio presente, mais ácida se torna a água. A escala de pH vai de 0 à 14. O ideal é por volta de 7,2 pois é este o pH do olho humano. Dessa forma, o ideal é manter o pH entre 7,2 e 7,8, fazendo com que os usuários não sintam irritação em seu olhos e os produtos químicos funcionem de forma adequada.

Tempo chuvoso

Foto / Divulgação

Outra preocupação com as piscinas é com o período de chuva, onde o número de banhistas cai consideravelmente e as piscinas podem ficar dias sem serem utilizadas. Neste caso a dosagem de cloro é um pouco maior, assim como os cuidados com a limpeza.

"Seguimos controlando à base do cloro. Temos profissionais que fiscalizam se há acumulo de água parada em algum canto mas ainda não tivemos nenhum caso de dengue no Náutico. Estou todos os dias lá e não peguei o vírus assim como nenhum aluno contraiu dentro do clube", ressaltou Hilário.

"Quando chove o procedimento é praticamente o mesmo. Limpamos a piscina e fazemos uma dosagem maior de cloro. Não cobrimos elas em dias de chuva", relata a gerente do Clube Português.  Esse procedimento garante que a piscina não fique sem cloro mesmo quando cair toda aquela chuva que se espera para o final do dia.

Sintomas – Os principais sintomas da dengue são: febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, além de dores musculares e nas articulações.

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