O grande mistério da punição imposta pelo Comitê Disciplinar da Fifa ao meia Raniel, do Santa Cruz, é: quem entrou com recurso na entidade máxima do futebol? Como não houve qualquer intimação ao atleta nem ao clube, o vice-presidente jurídico tricolor, Eduardo Lopes, explicou que está fazendo um trabalho de investigação, inclusive já com gente na Federação Internacional.
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"O clube não sabe porque não foi intimado. E pelo que a CBF passou ela tomou conhecimento no dia seguinte ao julgamento (que aconteceu no dia 15 de setembro). Estamos fazendo um trabalho de investigação através de FPF, CBF e tem gente mexendo até em nível de Fifa para saber quem recorreu", explicou.
O advogado explicou que o trâmite legal nesse tipo de processo é que depois que o recurso for interposto todas as partes interessadas têm que ser intimadas. Coisa que não aconteceu. "Após a definição da pena dele no STJD (em maio) nem ele nem o clube foram comunicados de mais nada. Cumpriu o que ficou determinado", garantiu.
A tática de Eduardo Lopes é usar esse argumento da não intimação para pedir a anulação do julgamento e o processo retornar exatamente a esta fase. Para o clube ser intimado, formular sua defesa e evitar que o jogador seja punido outra vez. "Caberia decretar a nulidade a partir da não notificação de que não houve comunicado. O processo voltaria a essa altura para o clube ter direito de contestar e depois acontecer o julgamento", ponderou.