O técnico do Náutico, Gilmar Dal Pozzo, dividiu as responsabilidades pelo empate com o Vitória da Conquista (1x1) e consequente eliminação da Copa do Brasil. Para ele, seu time falhou em todos os aspectos: técnico, tático e emocional. E procurou enumerar cada um deles, mas obviamente sem citar nomes. A não ser o dele mesmo, que escolheu o sistema de jogo que não deu certo.
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"Quando sete ou oito (jogadores) vão abaixo do normal é muito difícil vencer. Quando são dois os outros carregam fácil, mas hoje foi o contrário", disse o técnico.
O desmantelamento emocional foi desencadeado pelo gol de Zé Paulo, aos 22 do primeiro tempo. "Depois que tomamos o gol o time quis acelerar e deixou espaço demais entre as linhas", pontuou.
O último, tático, é sempre o mais complexo de explicar. Ele disse que optou por três atacantes e como o adversário teve mais gente no meio de campo conseguiu anular. A alternativa com os três zagueiros e os laterais avançando, como feito pouco antes do gol de empate poderia ser a opção que encaixasse melhor.
"Tenho que rever meus conceitos. Procuro sempre buscar um equilíbrio e hoje tentei um pouco diferente, com três atacantes. Foi o mesmo sistema que tentamos no jogo com o Sport e também não tivemos o sucesso esperado (perdeu por 2x0). Talvez trocando um atacante para povoar mais o meio. Com o Rafael (Pereira) fazendo o terceiro zagueiro nosso time encaixou melhor e controlou melhor", disse, já antecipando uma possível mudança para enfrentar o Salgueiro, no próximo domingo (10), pelo Campeonato Pernambucano.
A única colocação que ele rechaçou foi a de deixar a torcida apreensiva com a possibilidade de mais um ano sem títulos - seriam 12. Para Dal Pozzo os profissionais que hoje integram o Náutico não podem carregar o peso de mais de uma década. "Também faziam não sei quantos anos que não ganhava do Vitória, Paysandu, Santa Cruz... Minha preocupação pe fazer produzir e hoje não produziu. Temos que ver onde o time errou e buscar soluções".