O placar de 0x0 entre Santa Cruz e Sport, no primeiro Clássico das Multidões internacional, válido pela Sul-Americana deste ano, foi reflexo da pouca empolgação que torcedores e jogadores das duas equipes tiveram com a partida. Com muita transpiração e pouca inspiração por parte dos times, o jogo foi apático em alguns momentos. Acabou que o duelo que tinha tudo para ser mais um grande capítulo da história centenária do confronto, ficou distante da alcunha do Clássico das Multidões. Tanto que pouco mais de 5 mil torcedores estiveram em São Lourenço da Mata para assistir ao embate entre tricolores e rubro-negros.
Com o empate sem gols, o Santa Cruz joga por uma nova igualdade no jogo de volta para se classificar, desde que as redes sejam balançadas. A repetição do 0x0 leva o duelo para os pênaltis. Quem vencer leva a vaga. O segundo confronto será na próxima quarta-feira, novamente na Arena Pernambuco. No entanto, o mando será do Sport. Enquanto isso, as duas equipes focam a Série A. Os corais visitam o Cruzeiro, enquanto o Leão recebe o Internacional, também na arena.
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— Blog do Torcedor (@blogdotorcedor) 25 de agosto de 2016
O Tricolor ignorou um possível favoritismo do Sport, provocado principalmente pela posição de vice-lanterna dos corais no Brasileirão, e se portou melhor na partida. A equipe do técnico Doriva apostou muito na velocidade pelos lados do campo, explorando Keno e Pisano, para levar maior perigo. Os tricolores também tiveram maior paciência para tocar a bola, evitando chutões desnecessários. Se fosse para dizer uma equipe que foi melhor durante os 90 minutos seria o Santa Cruz, que foi competente na criação e na hora de se defender. Nesse aspecto vale o destaque para o volante Uillian Correia, que esteve bastante atento na marcação.
Apesar do maior volume ofensivo, faltou um pouco mais de capricho na hora da Cobra Coral finalizar. Magrão mais assistiu à partida do que fez grandes defesas. Muito porque os tricolores insistiram muito nos cruzamentos, facilmente cortados pela defesa rubro-negra. E quando a bola ficou limpa para o chute, caiu nos pés errados. Sem muita familiaridade com o gol, Derley teve duas boas oportunidades no primeiro tempo e falhou, desperdiçando as chances.
Sem Diego Souza, o Sport encontrou dificuldades na criação, mesmo com uma relevante posse de bola em alguns momentos. Muito porque Gabriel Xavier, que deveria fazer a função do DS87, esteve sumido no gramado. Isso obrigou o Leão a sair no passe mais longo em alguns momentos.
Os rubro-negros também tentaram explorar a velocidade pelos lados do campo, mas esbarraram na boa defesa coral, que não deu chances para Rogério e Everton Felipe. Os erros de passes também prejudicaram a evolução leonina em alguns momentos. Edmilson e Ruiz, que entrou no segundo tempo, foram quase expectadores no campo já que a bola não chegou corretamente para que eles tivessem a chance de finalizar a gol.
Apesar de ser o primeiro clássico internacional e da imensa rivalidade entre Santa Cruz e Sport, o público foi bem distante da alcunha de Clássico das Multidões. Pouco mais de 5 mil torcedores foram para a arena.
Santa Cruz - Tiago Cardoso; Léo Moura, Danny Morais, Luan Peres e Allan Vieira; Uillian Correia, Derley, João Paulo (Danilo Pires) e Matías Pisano; Keno (Marion) e Grafite (Wallyson). Técnico: Doriva.
Sport - Magrão; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Ronaldo Alves e Rodney Wallace (Mark González); Rithely, Paulo Roberto e Gabriel Xavier; Everton Felipe (Reinaldo Lenis), Rogério e Edmilson (Luis Carlos Ruiz). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
Copa Sul-Americana. Local: Arena Pernambuco, São Lourenço da Mata (PE). Árbitro: Julio Bascuñán (CHI). Assistentes: Marcelo Barraza e Christian Schierman (ambos do Chile). Gols: Não houve. Amarelos: Matheus Ferraz (S), Paulo Roberto (S) e Derley (SC). Público: 5.517. Renda: 71.085.