Pivô das maiores polêmicas durante e após o jogo contra o Paraná, na última terça-feira (13), o atacante Ricardo Bueno foi defendido pelo ex-técnico do Santa Cruz, Marcelo Martelotte. Para ele, o jogador, do alto de sua experiência de 30 anos teve voz ativa ao levar os pleitos dos jogadores justamente pelos anos de trabalho. A reclamação do presidente Alírio Moraes, de que o camisa 99 não poderia reclamar porque só tem um mês de salário atrasado reforça ainda mais o espírito de companheirismo do jogador, de acordo com o treinador.
"Não é pelo fato de Ricardo ter uma dívida menor que ele não possa tomar a frente do processo. É um processo coletivo, que exigia uma participação mais forte dos jogadores mais experientes. Essa foi a posição dele e acho que tem um peso ainda maior porque ele poderia estar quieto sem reivindicar. Ele teve uma posição para os que tinham uma dívida maior", ponderou.
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Martelotte disse que a desorganização é tão grande que existem dívidas de todos os tamanhos dentro do departamento de futebol, mas que nenhum profissional está com os vencimentos em dia. "Tem jogador com um mês, dois, três. Gente que tem débito do ano passado...", disse.
A situação mais complicada é de funcionários da comissão técnica. Há informação de que algumas pessoas têm cinco meses de atraso de 2017 e sete do ano passado, o que somariam um ano de salários não pagos.