Tiago Morais
Publicado em 08/04/2018 às 17:57
Em um jogo histórico na Arena de Pernambuco, o Náutico se sagrou campeão pernambucano de 2018. Com gol de Ortigoza e Jobson o Timbu conquistou o título do Estadual. Antes da bola rolar, a conquista esperada pelas duas equipes que chegaram à decisão querendo quebrar o jejum. Para o Náutico, a distância de 13 anos incomodava, já o Central em 99 anos de história, carrega a carga de no próprio torneio nunca um clube do interior conquistou a taça do Estado.
Alvirrubros levantam a taça do Campeonato Pernambucano depois de 13 anos sem conquistas. @nauticope bateu o @centraloficial por 2 a 1 na decisão. pic.twitter.com/fXCBhmAwKb
— Replay (Tv Jornal) (@replaytvjornal) 8 de abril de 2018
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Na relação dos times, o Náutico veio ofensivo, e com peças que em outras oportunidades, Roberto Fernandes deixou no ar que não usaria Júnior Timbó e Wallace Pernambucano, time ficaria muito ofensivo. Pois bem, para a finalíssimo os dois figuraram como titulares. Já pelo Central a novidade trazida por Mauro Fernandes para a Arena de Pernambuco, veio com Gildo no comando de ataque no lugar de Itacaré que foi titular na primeira partida.
Com um time mais ofensivo, o Timbu saiu para o ataque disposto a quebrar a defensiva do Central e abrir o placar. Isso só não aconteceu aos quatro minutos porque a trave parou a bola que veio dos pés de Wallace Pernambucano cobrando falta. Até os dez primeiros minutos restou ao Central se defender das investidas criadas pelo time de Roberto Fernandes, que chegou pelo menos quatro vezes na cara de França com chance clara de abrir o placar.
Depois da pressão inicial onde o Náutico foi senhor das ações no jogo, inclusive com chances reais de estar na vantagem, o Central começou a respirar e sair pro jogo. Cuidando na marcação a equipe comandada por Mauro Fernandes aos poucos foi chegado, tanto que aos 18 minutos em boa jogada, Júnior Lemos chutou para fora, um minuto depois Leandro Costa chutou para longe, com saídas no contra-ataque, resistindo no setor defensivo ao ímpeto do Náutico que atacava com tudo. Aos 25, Douglas Carioca veio pelo meio-campo, e na jogada Eduardo Erê solta a bomba, a bola desvia na cabeça de Camacho e Bruno faz uma linda defesa para que ela não entrasse no gol.
O Central melhorou na partida, começou a sair melhor com a bola investindo em melhor passe e ganhou o meio. O Náutico relaxou, errava no ataque não voltava para recompor, tanto que aos 28 minutos, em uma jogada pelo meio, Júnior Lemos lançou Gildo que driblou Camutanga mirou pro gol e colocou a bola na rede, mas não valeu. Cleberson Nascimento assinalou impedimento que Nielson Nogueira Dias confirmou, anulando a jogada que seria gol do Central.
Com essas investidas, gol anulado e mandando no meio campo a partir dos 30 minutos do primeiro tempo, a Patativa se tornou melhor no jogo. Construindo melhores jogadas na transição defesa-ataque, encurtando os espaços e sólido na defesa, a equipe de Caruaru levou perigo e diversas oportunidades até
Quando parecia que o primeiro tempo terminaria ou com igualdade ou com o Central na vantagem, o Timbu aproveitou para sair pela esquerda de ataque, Júnior Timbó qualificou o passe e pela esquerda fez a bola chega em Ortigoza. O paraguaio recebeu na área e chutou, a redonda ainda desviou e entrou no gol de França, explosão na Arena de Pernambuco. Com a festa do gol alvirrubro, terminou o primeiro tempo.
Para a etapa final, os técnicos mexeram suas equipes. No Náutico entrou Jobson no lugar de Wallace Pernambucano, Mauro Fernandes colocou Lucas Silva sacando Gildo. E repetiu-se o mantra do primeiro tempo; Náutico atacando para ampliar, Central se defendendo, querendo empatar. O jogo ficou mais pegado, muitas faltas
Aos nove minutos em uma jogada de ataque do Náutico, com uma bola alçada na área do Central pelo Timbu, Ortigoza sobe na disputa com França e usa a mão para ganhar vantagem e na sobra empurrar a pelota para a rede. A torcida comemorou, mas o árbitro do jogo, Nielson Nogueira Dias, assinalou a infração e deu o cartão amarelo ao paraguaio.
Na sequência do jogo, o Timbu apertou mais ainda a pegada ofensiva, começou a jogar pelos lados sempre na tabelinha de Ortigoza e Rafael Assis. Tanto que logo aos 10 da etapa final, Ortigoza recebeu pela esquerda de ataque, e quase na linha de fundo serviu Rafael Assis, que fez um passe açucarado para Jobson que veio para o jogo no lugar de Wallace Pernambucano, receber, entrar na área, se livrar da marcação e bater para a bola tocar no barbante. Gol do Náutico, festa e luzes a acesas na Arena de Pernambuco, o time de Roberto Fernandes encurtou o tempo de acabar com a seca de conquistas.]
Com o gol o Náutico continuou no ataque, mas na necessidade de diminuir o prejuízo, Mauro Fernandes que já tinha tirado Gildo, colocou Itacaré no jogo. Exposto na defesa, o alvinegro de Caruaru se lançou ao campo adversário, enquanto sua defesa se segurava, os meias e atacante se movimentavam.
Aos 25 do segundo tempo, em uma jogada pela direita de ataque, o árbitro viu toque de mão do lateral Kevyn do Náutico, pênalti marcado e cartão amarelo aplicado. Leandro Costa com categoria e responsabilidade, bateu firme e fez o 2x1.
Com maior volume de jogo e se aplicando na marcação, o Central chega mais perigosamente. Aproveitando os espaços deixados quando o Náutico atacava, os jogadores da Patativa vão chegando de passe em passe, pé em pé até que aos 34 minutos, Júnior Lemos acerta a trave! Após jogada bem trabalhada no ataque, a bola acaba sobrando para Júnior, que bate com muita categoria, de chapa, no canto. Bruno se estica todo e não alcança. A bola bate na trave e, caprichosamente, não entra.
Náutico se segura e comemora
Com o gol do Central aos 34 minutos, ao Náutico restou continuar no ataque e ter atenção na defesa para ser campeão. O Central ainda pressionou nos minutos finais da partida mas, não conseguiu empatar.