Falando sobre o documento que enviou ao executivo do Sport, Homero Lacerda afirmou que antes de redigir o despacho no qual determina a convocação da Assembleia Geral, consultou dois especialistas jurídicos, o Prof. Ivo Dantas, citado como um dos autores do estatuto do clube, e o professor Tibério De Paulo Pedrosa Monteiro, advogado especialista em Organizações da Sociedade Civil. Com isso na qualidade de chefe do Conselho, Lacerda diz que não foi apenas a sua opinião que conduziu a instauração do processo.
"Além disso não é uma opinião minha, são dos dois advogados brilhantes que deram o parecer. E além disso, o mais importante de tudo é que a assembleia é o maior poder do clube. É um pedido para a Assembleia Geral decidir, se reunir, é uma forma de respeito ao associado. Isso é um pedido, tem 600 assinaturas já oficiais, e mais 300. Tem mil sócios pedindo isso", falou Homero.
Em entrevista ao JC, o ex-presidente do Sport, revelou com deve ser o rito da realização do encontro, e deixou claro, a convocação não é para tirar o presidente Arnaldo Barros, os sócios vão deliberar se será iniciado ou não um pedido de impedimento do mandatário do executivo, e se há uma falência financeira em andamento no clube, fato que na visão dele viola o estatuto.
"A Assembleia vai decidir, vai debater o assunto e saber se é caso de impeachment ou não, se houve ou não violação do Estatuto. O fato é que o Sport, está insolvente segundo o parecer da auditoria nomeada por eles. Insolvência significa, falência irreversível. O Sport está falido, essa é que é a verdade", disparou.
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Homero destacou ainda, que se não for convocada pelo clube, por meio do executivo, o processo pode ser ajuizado, com qualquer sócio em dia, podendo pedir que a assembleia aconteça, por meio de liminar expedida.
"Isso cabe a qualquer associado entrar na justiça para pedir uma liminar pedindo que um juiz determine que se convoque a assembleia. Não é possível que alguém seja contra convocar uma Assembleia Geral que é o maior poder do clube. É uma coisa muito séria, o cara ser contra o maior poder do clube se reunir para decidir uma matéria relevante com o clube falido. Não é para aprovar impeachment não, é apenas para decidir se deve haver impedimento ou não. Eu acho que a justiça prevalecerá contra qualquer coisa nessa ótica, qualquer sócio pode pedir isso", explicou.