Karoline Albuquerque
Publicado em 05/07/2018 às 10:51
Brasil e Bélgica lutarão por uma vaga entre as quatro melhores seleções da Copa do Mundo de 2018. Na sexta-feira (6), em Kazan, o time comandado por Tite pode ter o adversário mais duro no Mundial até agora. Do outro lado, a equipe liderada por Roberto Martinez vive o peso da expectativa de ter uma geração que atua nas principais ligas do planeta, mas que ainda não deu grandes glórias ao seu país. Ao contrário do Brasil, que participou de todas as 21 edições da competição, os Diabos Vermelhos estão na sua 13º participação. Nesse retrospecto, apenas um encontro com a seleção canarinho.
Em 2002, o Brasil liderou o grupo C com uma campanha perfeita, vencendo os seus três jogos. No primeiro mata-mata, teve pela frente uma Bélgica que ficou na segunda posição do grupo H, atrás do anfitrião Japão. No dia 17 de junho, pelas oitavas-de-final, na cidade de Kobe, os dois times fizeram um duelo tenso, resolvido apenas no segundo tempo, com gols de Rivaldo e Ronaldo que garantiram a classificação brasileira.
O primeiro tempo foi de um placar zerado e uma torcida tensa. A rede até balançou, com a cabeçada de Wilmots, mas o árbitro Peter Prendergast assinalou falta de ataque em cima do zagueiro Juan. Na volta do intervalo, foi o talento individual do setor ofensivo do Brasil que resolveu a partida.
Aos 22 minutos da etapa final, Ronaldinho Gaúcho se desvencilhou do marcador, e num toque de genialidade lançou em um passe de trivela para encontrar o peito do camisa 10 da seleção, Rivaldo. Ele dominou, ajeitou, e emendou de fora da área o chute forte de esquerda. A bola, que já vinha cheia de efeito, desviou no meio do caminho e tirou a chance de defesa do goleiro De Vlieger. 1x0.
O peso do 0x0 não existia mais, mas a tensão do jogo persistia. A tranquilidade só pairou aos 42 minutos. Kléberson arrancou pela direita e lançou Ronaldo, que de primeira bateu de chapa para dar números finais à partida. Brasil 2x0. Era o quarto passo dado na caminhada de sete jogos que culminariam no quinto título mundial brasileiro.
De lá para cá, Brasil e Bélgica tiveram caminhos distintos, mas ambos sem muito sucesso no mundial. A canarinha foi eliminada nas quartas-de-final em 2006 e 2010 e na semifinal, com um acachapante 7x1 para a Alemanha, em 2014. Já os Diabos Vermelhos não conseguiram a classificação para as duas copas seguintes, e caiu nas quartas-de-final em 2014.