Em nota Sport nega que queixa contra torcedor seja “repressão a protestos"

Tiago Morais
Publicado em 31/08/2018 às 15:48
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


Por meio da vice-presidência Jurídica, o Sport emitiu uma nota sobre o caso do torcedor que foi intimado à prestar depoimento na Delegacia do Torcedor. O clube se defendeu, alegando não ser repressão a protestos contra a gestão do presidente Arnaldo Barros, e a notícia-crime, foi por feita pelo fato de o sócio ter feito ameças de morte a um funicionário do clube, no caso o envolvido na questão, o Coronel Ribeiro, que no vídeo registrado como prova pela defesa, discute com o sócio Heytor Cardoso Alves dos Santos.

O clube alega ainda que o Coronel estava no cumprimento do dever, tendo que retirar o torcedor porque ele trajava material da Torcida Jovem, uniformizada esta, que desde 2014, está banida dos estádios de futebol do Estado de Pernambuco, por decisão judicial.

A Vice-Presidência Jurídica do Sport reitera que o caso do sócio Heytor Cardoso Alves dos Santos não se trata de “repressão a protestos”, como vem sendo propalado erroneamente nas redes sociais. Trata-se, na verdade, do estrito cumprimento do Sport à decisão judicial que proíbe desde 2014 o acesso da Torcida Jovem ao estádio. O sócio em questão estava trajando uma camisa da Torcida Jovem, no último dia 22, dentro da Ilha do Retiro. No momento da abordagem, quando foi convidado a retirar a camisa ou se retirar do estádio, ele fez ameaças de morte a um funcionário do Clube. De imediato, foi feita uma notícia-crime na Delegacia de Repressão a Intolerância Esportiva pelo crime de ameaça e instaurado um processo administrativo-disciplinar no Clube. Esse processo será julgado pelo Conselho Deliberativo do Sport, onde será dado amplo direito de defesa e contraditório ao sócio. Vale salientar que houve vários protestos contra a diretoria do Sport na partida diante do América-MG, pela 20ª rodada do Brasileirão, e nenhum outro torcedor foi repreendido ou cerceado em seus direitos por isso.

Departamento Jurídico do Sport

Defesa alega que Coronel Ribeiro mentiu

De acordo com o defensor do torcedor, o advogado Pedro Joshepi, Heytor é vítima de falsas acusações e foi identificado por fazer parte de uma torcida organizada alheia à Jovem. "Por fazer parte de uma torcida chamada Esquadrão Rubro-negro, para entrar com material de bateria e faixa Heytor precisa encaminhar ofício à Polícia Militar. O coronel Ribeiro, até agindo de má fe, teve acesso ao documento e reconheceu Heytor, e informou ao Sport que Heytor estaria com a camisa da organizada (Jovem). O que é mentira. Seria impossível entrar com a camisa da organizada hoje, por conta da revista que é feita na Ilha."

"O coronel diz que Heytor ameaçou ele de morte. O coronel com dez seguranças ao lado? Quem em sã conciência vai fazer isso? Chega até a ser cêmico dizer que foi. Heytor não foi detido na hora e não foi preso. Não infringiu nenhuma lei ou norma do Estatuto do clube", complementou Pedro.

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