Tiago Morais
Publicado em 31/08/2018 às 15:48
Envolvido em uma cena de protesto na Ilha do Retiro, com reclamações direcionadas ao chefe de segurança do Sport, Coronel Ribeiro, o torcedor e sócio do clube, Heytor Cardoso Alves dos Santos é alvo de queixa criminal por parte do clube e vai ter que comparecer à Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva, para prestar esclarecimentos no interesse da Polícia Judiciária sobre o episódio nas dependências do estádio do Leão.
Na peça de acusação, o Sport sustenta a tese de que o torcedor estava trajando material da uniformizada, Torcida Jovem, uma das organizações banidas por proibição judicial de ter seus integrantes com qualquer peça do seu vestuário, impedidos de entrar nas praças esportivas do Estado, como a Ilha do Retiro. Vale lembrar que a proibição é expressa e exclusiva às três maiores uniformizadas de Pernambuco, a Torcida Jovem, a Fanáutico e a Inferno Coral e não mais a outra uniformizada, podendo estas entrarem livremente com suas camisas e materiais nos estádios.
O fato aconteceu após a derrota do Sport para o América-MG, e na alegação da defesa do sócio, trata-se de retaliação ao ato de protestar contra a gestão do presidente Arnaldo Barros. "Heitor estava no jogo do Sport e insatisfeito com o tratamento que os seguranças tiveram com um outro torcedor, começou a se queixar. O coronel Ribeiro estava retirando um torcedor do Sport que estava de amarelo. Heytor estava na parte de cima, reclamando. Nisso, os dez seguranças e o coronel foram em direção a ele e mandam ele descer. E ele se negou", explica o advogado de Heytor, Pedro Josephi em entrevista ao repórter Diego Borges do JC.
Notificado pelo clube, Heytor prestará depoimento na Delegacia do Torcedor, na próxima segunda-feira (3).