Dois grandes clubes brasileiros estão com processos de impeachment abertos contra os seus presidentes. Os conselhos deliberativos de Santos e Fluminense deram início aos protocolos contra José Carlos Peres e Pedro Abad, respectivamente, devido à crise instaurada em ambos os times desde o início de 2018.
A ação mais avançada é a da equipe paulista. Na última segunda (10), os conselheiros já aprovaram a solicitação feita por um dos integrantes da cúpula e, agora, a saída ou não do gestor está nas mãos dos sócios do Peixe. Peres é acusado de usar duas de suas empresas de gestão esportiva para gerenciar atletas do Santos. Tal medida é proibida pelo Estatuto Social do clube. Caso o processo avance, o regimento do alvinegro prevê que o vice-presidente, Orlando Rollo, assuma de maneira imediata. Peres assumiu o Santos em janeiro deste ano e ficaria no clube até o fim de 2020.
No caso dos cariocas, o impeachment ainda passará pela votação do conselho e, caso também seja aprovado, passará da mesma maneira pelo quadro de sócios do Tricolor das Laranjeiras. A oposição alega que Abad é o principal responsável pelos atrasos de salários, encargos e impostos no clube. O temor é que, devido a estas irregularidades, o Flu perca o benefício do Profut (refinanciamento de dívidas), junto ao Governo Federal. Pedro Abad está no cargo desde janeiro do ano passado e tem seu mandato válido até o fim do ano que vem. Se o impeachment passar, uma nova eleição acontecerá em 45 dias.
Neste ano, alguns sócios do Sport também tentaram protocolar um pedido de impeachment contra o presidente Arnaldo Barros. 718 assinaturas foram recolhidas e entregues ao, até então, presidente do Conselho, Homero Lacerda, convocando uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE). O pedido se baseava em três pontos negativos da "Gestão Arnaldo". O primeiro seria nepotismo, por ter colocado seu filho, Rodrigo Barros, como diretor de futebol. O segundo, déficit de R$ 18 milhões no balanço financeiro de 2017. O terceiro e último diz respeito à falhas administrativas. Uma liminar, que impedia o acontecimento da AGE, fez com o que o caso fosse extinto.
SANTOS SOB A GESTÃO DE PERES:
FLUMINENSE SOB A GESTÃO DE ABAD:
SPORT SOB A GESTÃO DE ARNALDO BARROS: