Karoline Albuquerque
Publicado em 04/12/2018 às 17:15
Perto do costumeiro balanço do ano, 2018 parece, para muitos, um ano complicado, difícil. Mais ainda para o agonizante futebol pernambucano, que desce à quarta força da região. Náutico e Santa Cruz não conseguiram o acesso à Série B e o Sport caiu para a Segunda Divisão. Mas, o técnico alvirrubro Márcio Goiano lembra que outros grandes clubes do Nordeste já passaram por períodos complicados.
"De uma forma natural, outras equipes também passaram por essa dificuldade. Há algumas décadas, o Bahia e o Vitória também enfrentaram grandes dificuldades. Mas se reestruturaram e se organizaram. O legado anterior vem deixando muita dificuldade. O importante é buscar as competições mais importantes, a exemplo da Copa do Brasil que vai agregar valor financeiro", comentou o comandante timbu.
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Este ano, o Náutico foi justamente a equipe com melhor aproveitamento. Em 48 jogos, entre Copa do Brasil, Copa do Nordeste, Campeonato Pernambucano e Série C, o aproveitamento chegou a 58,3%. A equipe venceu quase metade de suas partidas. O Santa Cruz vem atrás. Nas mesmas competições, fez 40 jogos e chegou a um percentual de 46,6%. Rebaixado à Série B, o Sport não disputou o regional, fez 53 jogos e venceu em apenas um terço deles, aproveitando 43,3% dos pontos.
Para melhorar, Márcio Goiano cita dois pontos importantes: organização e participação da torcida. Falando por seu time, ele lembra que o acesso é crucial para "retorno financeiro melhor, televisão, e outros recursos através do marketing". E, abrangendo para os rivais, ele afirma que é preciso se fortalecer e crescer para retornar à Série A.
"Isso é um processo natural. Hoje se o Náutico está na Série C, é de passagem. Vamos formar um Náutico forte e competitivo em 2019. Nossa preocupação é essa. A dificuldade é muito grande. Temos que ter tranquilidade, equilíbrio, organização e segurança dentro e fora de campo", completou o técnico do Náutico.