Procurador do STJD diz que no caso Ernandes, Goiás "é no mínimo vítima" e descarta punição

Tiago Morais
Publicado em 04/12/2018 às 19:42
Ernandes estava no Goiás principal rival da Ponte se houver uma disputa jurídica para comprovar irregularidade. Foto: RosironRodrigues/Goiás


Procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Marcus Campos descartou a possibilidade de o Goiás ser punido pela escalação de Ernandes em 31 partidas do Brasileiro da Série B, torneio em que o time conquistou o acesso à elite. A Ponte Preta avisou que vai entrar na Justiça por causa de suposta irregularidade envolvendo a certidão de nascimento do lateral.

"O clube é, no mínimo, vítima. Eventual irregularidade de ato de registro ou transferência não se confunde com irregularidade da condição de jogo", afirmou o procurador do STJD.

Entenda o caso

Nascido em São Félix do Araguaia-MT, Ernandes teria duas certidões de nascimento: uma de 1985 - a original - e outra de 1987, que vem usando desde 2006. Para Marcus Campos, o lateral não obteve nenhum benefício como atleta por conta disso.

O procurador deixou claro que o Goiás só poderia ser punido se atuasse com um jogador irregular no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Por outro lado, Ernandes deve ser julgado pelo STJD e pode ser punido por até 720 dias (cerca de dois anos) de suspensão, além de uma multa de R$ 100 mil.

O Goiás conquistou o acesso à elite ao terminar a Série B na quarta colocação, com os mesmos 60 pontos da quinta colocada Ponte Preta, que ficaria com a vaga na Série A se o clube goiano fosse punido pela irregularidade. Outro interessado seria o Paysandu, rebaixado, à Série C por ter encerrado a divisão de acesso na 17ª posição.

A polêmica poderia atingir até mesmo o Brasileirão, já que Ernandes defendeu o Ceará em um jogo antes de se transferir para o Goiás, a derrota por 2 a 0 para o Ceará, pela primeira rodada. A tendência, porém, é de que o clube não seja punido.

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