Acesso do Sport veio com histórias diferentes para três goleiros

Karoline Albuquerque
Publicado em 20/11/2019 às 23:45
Foto: Anderson Stevens/ Sport


Três nomes sob as traves rubro-negras tiveram bastante destaque durante a campanha do Sport no acesso de volta a Série A do Campeonato Brasileiro. O ídolo e já consagrado Magrão, o prata da casa Maílson e a surpresa positiva Luan Polli. Cada um com seu momento durante a temporada 2019.

Mas, o momento de Magrão não foi, infelizmente para o ídolo e para os fãs, dentro de campo. Ele até foi para o banco em algumas ocasiões. No início de julho, o goleiro deixou o Sport sem fazer nenhum jogo da Segundona. Ele havia processado o clube para cobrar atrasos salariais e também a rescisão de contrato, caso que veio à tona durante a pausa na Série B para a disputa da Copa América. Depois de muita dor de cabeça, as duas partes chegaram a um acordo e o goleiro vai receber R$ 1,875 milhão, parcelado em 44 vezes.

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A saída do multicampeão deixou o caminho para o herdeiro Maílson. O garoto da base rubro-negra foi quem começou de fato em campo. Foram 29 jogos na competição nacional. Desses, ele foi vazado em 26 ocasiões em 20 partidas. Com a alta quantidade de empates que o time sofreu, sendo 16 até agora, foi o goleiro quem garantiu o placar em 13 dessas igualdades. A saída de Magrão implicou também na herança de Maílson ao assumir a camisa de número 1, por tanto tempo o manto o veterano. O desempenho também teve outros frutos, como a renovação de contrato até o ano de 2022 e uma multa referente à saída do atleta, tanto para dentro do Brasil como em uma transação internacional.

E ninguém melhor que o preparador de goleiros rubro-negro Júnior Matos para explicar o desafio da mudança. Algo resumido por ele como “tensão”. O preparador enfrentou algo semelhante no ano passado, quando trabalhou no Náutico e, por isso, já tinha experiência em conduzir a transição.

“Maílson assimilou tudo que a gente pediu. Eu tenho minha metodologia de trabalho e ele assimilou bem. Sabia que oscilações iam acontecer. Alertei a diretoria e Guto, porque Maílson estava em término de formação de base, porque chegou tarde no clube, quase 19 anos, tem déficit técnico. Mas sabia que o custo-benefício ia valer a pena, porque se trata de um goleiro muito eficiente e ele mostrou isso durante o Brasileiro”, disse.

Só que, nem tudo foi positivo na passagem do goleiro pela meta. Na metade do mês de outubro, Maílson sofreu uma lesão no ligamento cruzado posterior do joelho direito durante o jogo contra o Cuiabá. Ele ficou até o fim na partida, mas durante a semana o problema se mostrou maior do que o imaginado e o goleiro precisou passar por cirurgia, que o deixa fora dos gramados por até quatro meses.

Assim, Maílson cedeu espaço ao seu reserva Luan Polli. Apesar de lamentar as condições que o fizeram entrar nos onze titulares do técnico Guto Ferreira, Polli agarrou bem a oportunidade. Após as partidas, ele reforçava a necessidade de demonstrar garra sempre que acionado. A principal dificuldade, de acordo com o preparador de goleiros, é manter a motivação de quem, como Polli, era apenas o terceiro da posição. O desempenho, porém, não é novidade para quem acompanhava o dia a dia.

“A gente sabe do potencial, nível técnico e preparação emocional que ele demonstra ter. Estava muito tranquilo com a decisão de colocá-lo para jogar quando fui consultado pela diretoria e pelo técnico Guto Ferreira”, elogiou Matos. O trabalho do profissional foi reconhecido pelo goleiro. “Isso é trabalho de um ano e meio para trás com o professor Júnior Matos, com a confiança do Guto que, quando precisou me escolher, ele escolheu sem pestanejar, acreditou em mim, confiou no meu trabalho”, destacou Polli.

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