A vida tem que seguir; para Hélio dos Anjos e para o Náutico
Cinco derrotas seguidas e uma vitória nas últimas nove rodadas não podem ser tratadas como uma oscilação
Algo tem que mudar no Náutico. Cinco derrotas seguidas e uma vitória nas últimas nove rodadas não podem ser tratadas como uma oscilação. O time que ficou 14 rodadas invicto, que foi campeão pernambucano jogando muita bola, não existe mais. De líder, caiu para a sexta colocação e pode perder mais posições até o fim da 19ª rodada da Série B.
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Nesse sentido, a direção e Hélio dos Anjos começaram a discutir uma mexida no elenco após a derrota por 1x0 para o Cruzeiro na última terça (17). Mas a situação tomou outro rumo após o pedido de demissão de Hélio nesta manhã (18). Por decisão do próprio treinador e do seu filho, Guilherme dos Anjos, seu auxiliar.
A princípio, a notícia caiu como uma bomba. Foi com Hélio que o time se recuperou e evitou a queda para a Série C no ano passado e construiu uma ótima reputação no Estadual e até o primeiro terço desta Segundona. E sabe-se que os jogadores gostam muito dele.
Mas a vida tem que seguir. Para Hélio e para o Náutico. Mesmo com a queda livre na competição, o Timbu ainda tem uma boa pontuação, que se repetida no segundo turno pode levá-lo ao acesso para a Primeira Divisão.
A direção precisa sim mexer no elenco, reforçá-lo principalmente. A aposta no elenco atual, pelo que está se vendo, não vai levar o time à Primeira Divisão. Sobretudo porque ele foi enfraquecido, com as saídas de Erick e Wagner Leonardo, além da lesão grave de Kieza.
Hélio se envolveu muito com o clube, engajando-se por exemplo em campanhas para adquirir equipamentos. Por outro lado, passou do ponto em alguns momentos, sobretudo naquela fatídica goleada por 4x0 para o até então lanterna Confiança nos Aflitos. Ele subiu o tom, sendo enfático ao cobrar mais segurança e estrutura do clube em virtude de dois torcedores de forma absurda terem tentado invadir o vestiário. O vice-presidente Diógenes Braga respondeu à altura em entrevista a Ralph de Carvalho no Bate-Rebate da Rádio Jornal.
Mas para a cúpula alvirrubra, esses episódios e os maus resultados não seriam suficientes para demitir o treinador. Que acabou mudando o rumo do desfecho da história. Por isso é importante a direção do Náutico agir logo, trazendo um novo técnico e passar para o elenco que o time tem mais 19 jogos a disputar. Ao mesmo tempo, procurar sim reforçar o plantel para o Náutico brigar por um acesso que parecia encaminhado até pouco tempo atrás.