"Não podemos ficar olhando pelo retrovisor", afirma executivo do Náutico sobre saída de Hélio dos Anjos
Hélio dos Anjos pediu demissão do Timbu após quinta derrota consecutiva
Em entrevista ao Blog do Torcedor, o executivo de futebol Ari Barros avaliou o pedido de demissão de Hélio dos Anjos do Náutico. Questionado se a forte ligação do ex-treinador com o elenco preocupa a direção, ele ressaltou que esse não era um rompimento desejado por nenhuma das partes. Porém, tratou com naturalidade a rescisão do vínculo. O diretor remunerado salientou que o momento pede bastante união em torno do projeto, agora, dirigido pelo técnico Marcelo Chamusca.
"Preocupação não é a palavra certa. É um elo que foi rompido, solicitado pela parte dele. Os atletas não gostariam, a gente da diretoria também e a torcida idem. Mas, é uma coisa que acontece. Temos que lamentar, mas não podemos ficar olhando pelo retrovisor", afirmou o executivo.
"Apoiar a nova comissão técnica, os atletas precisam se adaptar o quanto antes a nova metodologia. O que não vai mudar muito. Estamos conversando bastante com o (Marcelo) Chamusca, começando as reuniões. É uma mudança e precisamos nos adaptar o quanto antes para voltar a vencer", completou.
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Ari Barros ainda rasgou elogios ao ex-técnico do Náutico. "A saída de Hélio dos Anjos nos pegou de surpresa. É um treinador vitorioso, que sabe o quer, experiente. Criei um vínculo de amizade muito grande. A forma que ele conduz é parecida com a minha: olho no olho, na verdade, um cara sério", comentou.
"O compromisso dele não era nada mais ou nada menos que buscar os objetivos da instituição. Fez um belo trabalho, conquistou o que foi pedido. Temos que respeitar o desejo da saída dele. Desejar toda sorte do mundo. É um ser humano fantástico, tem toda a minha admiração e respeito", acrescentou.
O executivo de futebol do Náutico também pregou cautela com as possíveis mudanças que devem acontecer após a chegada do técnico Marcelo Chamusca. "Quando estávamos vencendo, fomos campeões estaduais, quebramos tabus, batemos recordes na Série B, sabíamos que não estava tudo certo. Como também, agora, com as cinco derrotas consecutivas, não posso dizer que está tudo errado. É preciso cautela na hora de avaliar a situação", disse.
