POLÊMICA

Ex-Náutico, Hélio dos Anjos causa polêmica no jogo entre Vasco e Ponte Preta, e Cruzmaltino repreende técnico

Hélio dos Anjos, técnico da Ponte Preta, acabou fazendo graves acusações em direção à torcida do Vasco

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Eduardo Falcão

Publicado em 28/04/2022 às 13:18
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O ex-técnico do Náutico, Hélio dos Anjos, acabou se envolvendo em uma polêmica no duelo entre Vasco e Ponte Preta, realizado na noite da última quarta (27), pela Série B.

O treinador de 64 anos, relatou ao árbitro do jogo Rodolpho Toski Marques, que havia escutado cânticos racistas proferidos pela torcida do clube carioca, o que gerou uma paralisação de dois minutos na partida entre as equipes. 

Em nota, o Vasco informou que não houve nenhum tipo de racismo por parte do seu torcedor, e que na verdade, os torcedores que estavam presente em São Januário, fizeram sons de latido para o volante da própria equipe, Yuri Lara.

"Fomos surpreendidos na noite da última quarta-feira (27/04) em São Januário com uma absurda acusação de racismo direcionada a torcida do Vasco vinda de alguns profissionais da A. A. Ponte Preta. Algo sem fundamento algum e que se baseou equivocadamente num canto criado pela torcida do Vasco utilizado para homenagear o volante Yuri Lara, algo já feito, por exemplo, por outras torcidas e em outras praças esportivas", dizia um trecho da nota emitida pelo Vasco.

Ao final do duelo entre Vasco e Ponte Preta, o volante do Cruzmaltino, Yuri Lara, confirmou que ouviu os latidos proferidos pela torcida vascaína, e que não tinha nada a ver com o racismo citado por Hélio dos Anjos e pelo jogador da Ponte Preta, Ramon.

"O Ramon falou comigo sobre isso, falei que não era racismo, não tem nada a ver. Realmente estavam latindo, como latem. Não tem nada a ver com macaco. É inadmissível o racismo, ainda mais com a torcida do Vasco, por tudo que o Vasco representa para a história. Expliquei para ele que não tinha nada a ver com racismo. É o latido", disse Yuri Lara.

Vale lembrar que o árbitro do duelo entre Vasco e Ponte PretaRodolpho Toski Marques, relatou na súmula da partida que não ouviu os "sons de macaco" citados por Hélio dos Anjos e Ramon.

"Aos 39 minutos do segundo tempo, com o jogo paralisado, o atleta de número 40, senhor Ramon Rodrigo de Carvalho, e o técnico, senhor Hélio Cézar Pinto dos Anjos, ambos da equipe Ponte Preta, informaram ao árbitro que ouviram sons de macaco vindos da torcida do Vasco da Gama. Esses sons não foram ouvidos pela equipe de arbitragem e nem pelo delegado da partida", finalizou o árbitro.

Confira a nota completa emitida pelo Vasco

Fomos surpreendidos na noite da última quarta-feira (27/04) em São Januário com uma absurda acusação de racismo direcionada a torcida do Vasco vinda de alguns profissionais da A. A. Ponte Preta. Algo sem fundamento algum e que se baseou equivocadamente num canto criado pela torcida do Vasco utilizado para homenagear o volante Yuri Lara, algo já feito, por exemplo, por outras torcidas e em outras praças esportivas.

Ao se fazer uma acusação de racismo, crime gravíssimo, além de se ter certeza do que está sendo dito, é imprescindível se conhecer o histórico dessa luta no país. E não há como falar do combate ao racismo no futebol brasileiro sem que o Vasco da Gama seja o principal protagonista.

Nossa luta não começou agora, mas sim em 07 de abril de 1924, quando escrevemos a “Resposta Histórica”, o maior símbolo da luta contra o racismo no futebol brasileiro. O Vasco da Gama se orgulha de ser um pioneiro nesta luta e um ativo defensor de seus ideais, que não esmoreceram com o passar dos anos. E o estádio de São Januário sintetiza a maior da luta do Vasco da Gama contra a chaga do racismo. Foi construído pelos vascaínos como resposta às elites da época que resistiam a inclusão de pretos, operários e imigrantes pobres no futebol.

Portanto, como não poderia ser diferente, condenamos a atitude e lamentamos que uma pauta tão séria seja utilizada da forma que foi.

São Januário é a casa do legítimo clube do povo e fazemos questão de que continue sendo assim.

 

 


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