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FÓRMULA 1: O que é asa móvel? Veja como funciona o DRS da F1

Recurso é utilizado para facilitar ultrapassagens existe desde 2011

Victor Peixoto
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Victor Peixoto
Publicado em 12/06/2022 às 7:00
LLUIS GENE / AFP
Max Verstappen, da Red Bull já teve problemas com o DRS na temporada - FOTO: LLUIS GENE / AFP
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Fórmula 1 é um esporte repleto de termos técnicos e detalhes que, por vezes, não são compreendidos pelo fã menos familiarizado com a categoria ou com o automobilismo em si. Dentre eles, um dos que mais gera dúvidas é o DRS, ou asa móvel, como ficou conhecido nas transmissões no Brasil.

O que é DRS / asa móvel? Pra que serve?

A sigla DRS, em inglês, significa "Drag Reduction System", "Sistema de Redução de Arrasto" traduzido para o português, que, como o nome já diz, auxilia na estabilidade e aerodinâmica do carro em retas, aumentando sua velocidade exponencialmente.

O "arrasto" é uma "turbulência" que acontece no carro em função do vento, que tende a ser mais agressivo nas traseiras dos carros da Fórmula 1, que causam uma alteração no ar graças à sua velocidade, dificultando a dirigibilidade do carro que vem atrás e, portanto, dificultando ultrapassagens.

Com a possibilidade de abrir/mover a asa traseira, originando o termo "asa móvel", o carro sofre com menos resistência do ar e, portanto, têm menos arrasto/turbulência, o que facilita as ultrapassagens, algo cada vez mais buscado na categoria, que introduziu o DRS em 2011.

Quanta velocidade o carro de F1 ganha com DRS?

Com menor resistência do ar somada ao vácuo formado pelo carro à frente, quando há maior aproximação, o carro da Fórmula 1 pode atingir entre 1012 km/h de velocidade com o DRS em relação ao seu desempenho sem o recurso.

Polêmica sobre DRS; entenda

O DRS é um recurso polêmico e bastante debatido na Fórmula 1. Embora gere mais ultrapassagens, os fãs mais tradicionais da categoria reclama que elas ocorrem de forma artificial e que aumenta o peso da qualidade do carro sobre a do piloto nas definições da corrida.

Em se tratando de carros equivalentes, o DRS funciona muito bem e gera, de fato, disputas muito emocionantes.

Mas, em casos de carros discrepantes, se torna quase impossível que um carro de menor desempenho consiga segurar um de maior potência na maioria das retas do calendário, evitando surpresas no pódio e similares.

Quando se pode usar o DRS? E nos treinos?

Justamente por ser um recurso bastante "apelativo", ele só pode ser usado em pontos específicosdas pistas, que normalmente contam com dois ou três pontos de ativação e uso do DRS.

Para ter o direito de usar o recurso, o piloto deve estar a menos de 1 segundo do carro à frente no momento em que cruzar a linha de detecção. Ao chegar na linha de ativação, o piloto receberá um "bip" no capacete e poderá ativar o botão e abrir a asa traseira, que se fechará ao pisar no freio. 

O recurso é simples, mas saber usá-lo é muito mais complexo do que parece. No GP da Arábia Saudita deste ano, 2022, Charles Leclerc, da Ferrari, e Max Verstappen, da Red Bull protagonizaram um lance curioso, onde ficaram freando antes da zona de detecção do DRS para ficar atrás o rival e ter vantagem para ultrapassar na reta.

No GP do Canadá de 2013Fernando Alonso, na Ferrari, e Lewis Hamilton, na Mercedes protagonizaram um lance muito parecido.

Nos treinos, livres e de classificação, o uso é livre, dentro, claros, dos pontos pré-determinados.

Ocasiões em que o DRS é DESATIVADO

Na verdade, o DRS precisa ser primeiramente autorizado pelos comissários, o que acontece na abertura da terceira volta da corrida, tempo considerado suficiente para um piloto que esteja superior consiga abrir 1 segundo de vantagem sobre o carro de trás e impedir que ele use o recurso.

A mesma lógica acontece no uso dos Safety Car, só podendo ser usado o recurso na abertura da terceira volta após sua entrada nos boxes. O Safety Car Virtual não impede a ativação do DRS na volta seguinte.

REPRODUÇÃO/TWITTER/FÓRMULA 1
Ferrari e Red Bull lideram a F1 neste começo de temporada - FOTO:REPRODUÇÃO/TWITTER/FÓRMULA 1

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