Pandemia

Bolsonaro diz que Caixa Econômica prorrogará pausa na prestação casa própria; entenda

Presidente criticou medidas rigidas de isolamento e afirmou que o Brasil estaria se tornando um "país de pobres"

Gabriela Carvalho
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Publicado em 14/05/2020 às 9:32 | Atualizado em 14/05/2020 às 12:08
ALAN SANTOS/PR
O governo busca agora conquistar os 34 emedebistas para ter folga nas votações - FOTO: ALAN SANTOS/PR

Como mais um argumento para pedir pela reabertura do comércio durante a pandemia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou para apoiadores e imprensa sobre a situação relatada pelo presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, em relação ao aumento de pedidos de pausa na quitação das parcelas da casa própria por muitas famílias.

De acordo com o presidente, após prorrogar a pausa nesse pagamento por três meses, mais de 2 milhões de pessoas teriam pedido para interromper as prestações da casa própria. Presidente afirmou que, diante da situação, um acordo foi feito para que a Caixa Econômica aumente o limite para quatro meses.

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"O pessoal não tem dinheiro para pagar a casa própria. Conversei com o Pedro Guimarães, em comum acordo, ele disse que vai aumentar para quatro meses. Não adianta apenas prorrogar, com o elemento que perdeu o emprego, teve o salário reduzido, não tem como pagar a prestação da casa própria. O que sobrou para ele está sendo usado para comida."

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Utilizando do contexto de pedido de abertura por questões econômicas, Bolsonaro exemplificou situação mencionando redução de 25% dos salários de alguns veículos de comunicação. "É que nem vocês da imprensa, que foram reduzidos 25% do salário. É a informação que eu tive. A gente só lamenta. Vai cortar alguma coisa, vai ter que tirar o filho da escola particular e botar na pública. Esse é o retrato do Brasil", falou.

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Ainda argumentando sobre a abertura do comércio, o presidente alertou que, com as medidas aplicadas por governadores e prefeitos, o País estaria fadado a ser um País de "miseráveis" e que iria quebrar.

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"O Brasil está se tornando um país de pobres. Vai chegar a um ponto que o caos vai se instalar aqui. Essa história de lockdown, vão fechar tudo, não é esse o caminho. Esse é o caminho do fracasso. Quebrar o Brasil. O governador e prefeito que por ventura, entrou nessa onda lá atrás, faça como já fiz outras vezes na minha vida, se desculpa e faça a coisa certa. O Brasil está quebrando e depois de quebrar, como alguns dizem que a economia recupera, ela não recupera. Vai ser fadado a ser um país de miseráveis", concluiu.

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