IMUNIZAÇÃO

Anvisa autoriza aplicação da segunda dose da vacina de Oxford contra o coronavírus em voluntários

Quem recebeu a primeira dose pode receber a segunda em um intervalo de 4 a 6 semanas

JC, com Estadão Conteúdo
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JC, com Estadão Conteúdo
Publicado em 10/08/2020 às 14:34 | Atualizado em 10/08/2020 às 15:57
CADU ROLIM/ESTADÃO CONTEÚDO
O funcionário envolvido "reconheceu que as vacinas foram retiradas intencionalmente da geladeira" - FOTO: CADU ROLIM/ESTADÃO CONTEÚDO

com informações do G1

Nesta segunda-feira (10) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a segunda fase da vacina contra o novo coronavírus que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. Com isso, os voluntários brasileiros que já receberam a primeira dose poderão tomar a segunda respeitando um intervalo entre 4 e 6 semanas. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União.

Segundo a Anvisa, a expectativa é que, com a aplicação da segunda dose, novas informações sejam acrescentadas nos estudos.

Além disso, a idade máxima dos voluntários foi ampliada de 55 para 69. A idade mínima continua sendo de 18 anos. De acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que atua com a Universidade de Oxford na realização dos estudos da vacina contra a covid-19 no Brasil, a ampliação é um "degrau a mais no avanço da vacina".

Fase 3

Atualmente, os testes da vacina ChAdOx1 nCoV-19, que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, estão na fase 3, que é a última antes da obtenção do registro sanitário necessário para que haja a distribuição da vacina. Nessa fase, o objetivo é testar a eficácia do imunizante. 

A vacina não provocou efeitos colaterais graves e desenvolveu respostas imunes a anticorpos e células T, de acordo com o estudo publicado na revista médica The Lancet. Os resultados referem-se às fases 1 e 2 de testes. A terceira etapa está sendo testada em 50 mil pessoas, incluindo 5 mil brasileiros.

"Esperamos que isso signifique que o sistema imunológico se lembre do vírus, para que nossa vacina proteja as pessoas por um período prolongado", disse o principal autor do estudo, Andrew Pollard, da Universidade de Oxford. "No entanto, precisamos de mais pesquisas antes de confirmarmos que a vacina protege efetivamente contra a infecção por SARS-CoV-2 e por quanto tempo dura a proteção", explicou.

No último dia 20 de julho, a instituição informou que a vacina é segura e produz resposta imune em ensaios clínicos iniciais em voluntários saudáveis.

Instituto Butantan

Além da vacina da Universidade de Oxford, um outro imunizante está sendo testado no Brasil. Em parceria com a empresa chinesa Sinovac, o Instituto Butantan está aplicando a vacina em voluntários brasileiros. Ao todo, nove mil pessoas participarão da pesquisa no Brasil e os estudos devem ser concluídos entre o final de outubro e início de novembro.

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