A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriram, nesta segunda-feira (24), nove mandados de prisão e 17 de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, em busca de envolvidos na morte do pastor Anderson do Carmo, morto em 2019 com mais de 30 tiros.
Até a publicação desta reportagem, seis filhos e uma neta da vítima já foram presos.
As investigações apontam que a viúva, deputada federal Flordelis (PSD-RJ), é a mandante do crime. Ela, no entanto, não pôde ser presa por causa da imunidade parlamentar.
O apartamento funcional da deputada, em Brasília, também foi alvo de buscas. Pouco antes das 7h, policiais civis do Distrito Federal deixaram o imóvel carregando malotes.
O inquérito policial concluiu que Anderson foi morto por questões financeiras e poder na família, era o quem pastor controlava todo o dinheiro da igreja de Flordelis.
Segundo a corporação, antes do assassinato a tiros, Flordelis tentou envenenar o marido pelo menos quatro vezes.
A deputada vai responder por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso. Pelo envenenamento, ela responderá por tentativa de homicídio. Mais 10 pessoas foram denunciadas pelo MPRJ.
O pastor Anderson do Carmo de Souza, de 42 anos, foi executado com mais de 30 tiros na manhã do dia 16 de junho de 2019 com diversos tiros, após chegar em sua residência no bairro Pendotiba, em Niterói, no Rio de Janeiro.