Como serão feitas as inspeções
A mesma equipe vai inspecionar, de 7 a 12 de dezembro, a fábrica Wuxi Biological, a 130 km de Xangai, onde será fabricado o vetor viral que será importado pelo Brasil para a vacina do laboratório AstraZeneca e da Universidade de Oxford, que será produzida pela Fiocruz, do Rio de Janeiro.
Gomes destacou "que a Anvisa utiliza as mais modernas regulamentações sanitárias do mundo para essa verificação", o protocolo internacional PIC/S, que é aplicado pelos órgãos sanitários dos Estados Unidos, Europa, Canadá, Japão, Singapura, entre outros.
Entre o final de dezembro e o início de janeiro, a Anvisa planeja emitir o certificado de boas práticas de fabricação, necessário para que os laboratórios importem para o Brasil os componentes que serão usados nas vacinas contra a covid-19, explicou o responsável.
Nenhuma das duas instalações foi antes fiscalizada por um país integrante da Convenção de Inspeção Farmacêutica (PIC/S), de modo que o laudo da Anvisa já foi solicitado por "outras autoridades sanitárias internacionais", acrescentou Gomes, sem citar quais.
Após concluída a inspeção, de "rotina" segundo Gomes, os técnicos da Anvisa tentarão emitir seu relatório no "menor tempo possível", considerando a situação de emergência devido à pandemia.
Anvisa também fará inspeções em outros laboratórios
Com cerca de 212 milhões de habitantes, o Brasil registra quase 170 mil mortes por covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, e é ainda um dos três países com mais infectados (quase 6 milhões).
Anvisa se reúne com responsáveis por vacina Sputinik V
Representantes de um instituto russo e da empresa União Química, que conduzem os estudos para o desenvolvimento da vacina Sputinik V, apresentaram o trabalho desenvolvido e a situação atual dos testes de imunização contra a covid-19 à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os representantes da Agência esclareceram dúvidas sobre os próximos passos e os procedimentos para o início de testes clínicos no Brasil. Representantes da empresa disseram que responderão aos questionamentos dos técnicos da agência nos próximos dias.
O laboratório responsável pelo desenvolvimento da Sputinik V não submeteu à Anvisa, até o momento, o pedido para o registro da vacina. Essa ação é necessária para que qualquer empresa ou ente público possa comercializar um medicamento no Brasil. A União Química entrou na Anvisa com um pedido de avaliação prévia.