COVID-19

Secretário de Saúde de São Paulo diz que Coronavac não atingiu 90% de eficácia

Laboratório Sinovac deu prazo de até 15 dias para remeter os dados revisados ao Butantan. Só depois disso a eficácia oficial poderá ser divulgada

JC
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Publicado em 25/12/2020 às 8:39 | Atualizado em 25/12/2020 às 8:39
ADRIANA TOFFETTI/ESTADÃO CONTEÚDO
CORONAVAC - FOTO: ADRIANA TOFFETTI/ESTADÃO CONTEÚDO

Diferente do que aconteceu com os teste na Turquia, onde apresentou 91,25% de eficácia na fase 3, no Brasil, a Coronavac teve resultados abaixo dos 90%, segundo o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn. De acordo com ele, por aqui, já era esperado que "a efetividade jamais" atingiria este índice. 

"Todas as vacinas que são formuladas por fragmentos de vírus acabam produzindo menos anticorpos que com vírus vivos, que chamamos atenuados, como sarampo e febre amarela, que produzem proteção menor. Sabíamos que a efetividade jamais atingiria 90%, mas o que nós não imaginamos é que a empresa objetivava um resultado próximo em todos os países", disse Gorinchteyn em entrevista à rádio CBN.

Segundo o secretário, a Coronvac é produzida com fragmentos de vírus inativados. O laboratório Sinovac deu prazo de até 15 dias para remeter os dados revisados ao Butantan, ainda de acordo com Gorinchteyn. Só a partir daí se divulgará efetivamente o percentual de eficácia atingido no Brasil.

Mesmo assim, Gorinchteyn adianta que no Brasil a eficácia é superior a 50%, o que garante que a vacina poderá ser usada no plano estadual de imunização a partir de 25 de janeiro, como anunciado pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).

O secretário disse acreditar que a Anvisa processará de maneira célere o pedido de registro da vacina, com poucas chances de intercorrência de atraso na divulgação da eficácia dos testes feitos no País.

 

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