Imunização

Avião com 2 milhões de doses de vacina contra covid-19 para o Brasil parte da Índia

Vacinas devem chegar ao Brasil na tarde desta sexta-feira (22)

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AFP, Estadão Conteúdo

Publicado em 21/01/2021 às 20:32 | Atualizado em 22/01/2021 às 0:55
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O avião que trará ao Brasil 2 milhões de doses da vacina Oxford/Astrazeneca/ decolou da Índia na noite desta quinta-feira (21). O voo foi iniciado às 20h (horário de Brasília). A previsão é de que a carga chegue ao Rio de Janeiro no fim da tarde desta sexta-feira (22)

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As duas milhões de doses foram enviadas por meio de um voo comercial da companhia aérea Emirates. A previsão é de que a carga chegue no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, às 17h40. Após os trâmites alfandegários, a carga será embarcada em outro avião que segue para o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, de onde será levada para a Fiocruz. Antes, o Ministério da Saúde planejava buscar as doses em um avião adesivado que sairia do Recife.

Divulgação/Ministério da Saúde
Avião da Azul no hangar aguardando decolagem para buscar vacinas na Índia - Divulgação/Ministério da Saúde
PAULO DANIEL/JC IMAGEM
avião da companhia aérea Azul que vai buscar os 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 - PAULO DANIEL/JC IMAGEM
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avião da companhia aérea Azul que vai buscar os 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 - PAULO DANIEL/JC IMAGEM
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avião da companhia aérea Azul que vai buscar os 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 - PAULO DANIEL/JC IMAGEM
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avião da companhia aérea Azul que vai buscar os 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 - PAULO DANIEL/JC IMAGEM
Divulgação/Ministério da Saúde
Avião da Azul no hangar aguardando decolagem para buscar vacinas na Índia - Divulgação/Ministério da Saúde
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Aeronave pousou nessa quinta-feira por volta das 19h30 e segue para a Índia às 23h desta sexta-feira - BOBBY FABISAK/JC IMAGEM
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Avião da Azul no Aeroporto Internacional do Recife não recebeu autorização para ir a Índia buscar os dois milhões de doses da Vacina de Oxford, contra o Coronavírus. - BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

"O Ministério da Saúde informa que as 2 milhões de doses da AstraZeneca devem chegar ao Brasil nesta sexta-feira (22), no fim da tarde. A carga vinda da Índia será transportada em voo comercial da companhia Emirates ao aeroporto de Guarulhos e, após os trâmites alfandegários, seguirá em aeronave da Azul para o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de janeiro", disse o Ministério da Saúde.

As vacinas foram fabricadas pelo laboratório indiano Serum.

OLI SCARFF / AFP
Vacina de Oxford/Astrazeneca - OLI SCARFF / AFP

Em obediência às normas regulatórias, as vacinas passarão, no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), no Rio de Janeiro, por checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem, com etiquetagem das caixas com informações em português. Esse processo acontecerá ao longo da madrugada e na manhã de sábado (23) e será realizado por equipes treinadas em boas práticas de produção. A previsão é de que as vacinas estejam prontas para distribuição no período da tarde. Toda a logística de distribuição ficará sob a responsabilidade do Ministério da Saúde.

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As doses da vacina da AstraZeneca serão enviadas por meio de um voo comercial da companhia aérea Emirates - JUSTIN TALLIS/AFP

Ao longo de todo o trajeto até Bio-Manguinhos/Fiocruz, as vacinas estarão armazenadas em seis caixas do tipo pallets, que serão acondicionadas em envirotainers, pequenos containers utilizados para transportes de carga que necessita de controle de temperatura. Nesses envirotainers, as vacinas serão mantidas na temperatura entre 2 a 8ºC

Com mais de 213.000 mortes por covid, o Brasil está ansioso para receber estas vacinas para reforçar seu plano nacional de vacinação, que começou na segunda-feira com apenas 6 milhões de doses da CoronaVac. Ambos os imunizantes exigem duas doses, administradas no mês seguinte à primeira aplicação.

A vacina AstraZeneca/Oxford, desenvolvida em parceria com a Fiocruz obteve autorização para seu uso emergencial no último domingo (17), em conjunto com o CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, do governo de São Paulo.

O governo brasileiro havia apostado pesado na vacina AstraZeneca para iniciar sua campanha de imunização, mas teve que se resignar a lançar a campanha com 6 milhões de doses do CoronaVac, defendida pelo governador paulista João Doria, potencial rival do Bolsonaro no 2022 eleições.

A segunda onda da pandemia está causando sérios estragos no Brasil. Em Manaus, capital do estado do Amazonas, o colapso do sistema de saúde levou à escassez de oxigênio nos hospitais e a um forte aumento no número de mortos. Segundo especialistas, a agressividade da doença é pior do que a da primeira onda e pode estar associada a uma variante do vírus identificada nesta região.

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Estado vem enfrentando desabastecimento de oxigênio, o que levou ao colapso do sistema de saúde - MICHAEL DANTAS/AFP

Cerca de 50 países começaram suas campanhas de vacinação há várias semanas, incluindo vários na região, como Argentina, Chile, México ou Costa Rica.

Anvisa avalia o uso emergencial de 4,8 mi de doses da Coronavac

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reunirá a sua diretoria colegiada nesta sexta-feira (22) para avaliar se permite o uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da Coronavac.

No último domingo (17) a agência liberou o uso de 6 milhões de doses desta vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac. Agora, a Anvisa avalia o aval ao lote de imunizantes que foi envasado pelo Butantan.

Na mesma reunião do dia 17, a Anvisa também aprovou a aplicação de 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford/AstraZeneca.

O uso emergencial pode ser concedido a vacinas que estão em fase de desenvolvimento, desde que estudos clínicos tenham sido feitos no Brasil. A Anvisa aguarda o envio de dados do Butantan, até 28 de fevereiro, sobre a duração da eficácia

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