Imunização
Entrega de vacinas não será no ritmo esperado por farmacêuticas, diz OMS
Consultor da OMS disse que os acordos feitos com as companhias no âmbito da iniciativa Covax são "seguros", e a questão recai sobre a capacidade produtiva das desenvolvedoras e fabricantes
A distribuição global de vacinas para a covid-19 deve ocorrer de forma mais lenta do que o projetado pelas farmacêuticas que as desenvolveram, à medida que as empresas esbarram em dificuldades na produção que já afetam o nível de suprimento acordado com países e blocos, segundo afirmou o consultor sênior da Organização Mundial da Saúde (OMS), Bruce Aylward, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 29. Ele disse que os acordos feitos com as companhias no âmbito da iniciativa Covax são "seguros", e a questão recai sobre a capacidade produtiva das desenvolvedoras e fabricantes.
A cientista-chefe da OMS, Sumya Swaminathan, que também participou da coletiva, disse que a entidade deve distribuir as primeiras doses da vacina desenvolvida por Pfizer e BioNTech por meio da Covax em cerca de duas semanas.
- Se governo não definir até semana que vem, ofereceremos vacina a Estados, diz Doria
- Covid-19: Contraindicada para idosos na Alemanha, vacina da AstraZeneca segue em público a partir de 85 anos em Pernambuco
- Agência da UE recomenda autorização de vacina da AstraZeneca para covid-19
- 'Índia deu prioridade ao Brasil nas vacinas', diz cônsul-geral
- Covid-19: J&J diz que dose única de vacina é 66% eficaz, mas que eficácia varia
Ela também informou que a OMS espera receber as primeiras doses do imunizante da AstraZeneca em breve.
Segundo a diretora de acesso a medicamentos da entidade multilateral, Mariângela Simão, as vacinas da AstraZeneca e da Sinopharm estão em fase final de avaliação pela OMS e devem ser aprovadas para uso emergencial em pouco tempo.
Simão ainda alertou para as tentativas de empresas de iniciativas privadas ao redor do mundo de fechar acordos com as farmacêuticas para receber doses das vacinas.
Segundo a diretora, este é um movimento contraproducente aos esforços de vacinação em massa que deve "parar" o mais rápido possível.