COVID-19
Se governo não definir até semana que vem, ofereceremos vacina a Estados, diz Doria
No momento, o Butantan tem um contrato de fornecimento de 46 milhões de doses ao Ministério da Saúde com a possibilidade de expansão para até 100 milhões de doses
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que, caso o Ministério da Saúde não defina até a semana que vem se exercerá ou não a opção de compra de 54 milhões de doses adicionais da Coronavac, vacina contra o novo coronavírus, o Instituto Butantan e o Governo de São Paulo vão oferecer o imunizante a governadores e prefeitos brasileiros.
- Governadores cobram do governo federal detalhamento do cronograma de vacinação contra covid-19
- Vacina contra covid-19: Pernambuco estima receber mais 140 mil doses da CoronaVac
- Vacina contra a covid-19 da Novavax teve eficácia de 89% em ensaio clínico
- MPPE investiga 165 casos de "fura-filas" na vacinação contra covid-19; veja os crimes e punições
- Prefeitura de Maceió afasta servidora que fingiu aplicar vacina contra covid-19 em idosa
- Brasil ultrapassa 1,5 milhão de vacinados contra a covid-19
- Sem vacina, após o Carnaval podemos não ter feriado da Semana Santa, São João e 7 de setembro
No momento, o Butantan tem um contrato de fornecimento de 46 milhões de doses ao Ministério da Saúde com a possibilidade de expansão para até 100 milhões de doses. O Ministério da Saúde tem dito que está dentro do prazo contratual para se manifestar. Na quinta-feira, 28, o secretário executivo da pasta, Élcio Franco, em entrevista à rádio CBN, reafirmou que o ministério tem até o dia 30 de maio para decidir sobre a compra de doses adicionais.
"É um absurdo. Nós estamos diante de uma pandemia que leva vidas de mais de 1,2 mil brasileiros todos os dias e o Ministério da Saúde vai pensar se compra vacinas? O mundo todo comprando vacinas e aqui o Ministério da Saúde vai avaliar e vai decidir daqui a dois meses se compra ou não vacinas", disse o governador nesta sexta-feira (29) em entrevista à rádio Jovem Pan.
Inicialmente, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, havia cogitado a possibilidade de exportação dessas doses, se a União não se decidisse, a fim de honrar compromissos feitos com outros países da América Latina como Argentina, Uruguai, Peru e Bolívia.
Segunda dose
De acordo com Doria, há uma predominância entre cientistas de que é melhor vacinar mais pessoas com a primeira dose da vacina até que haja mais vacinas para a segunda dose. "Não é uma decisão só do Governo do Estado de São Paulo, é uma decisão que, predominantemente, vai acontecer em todos os Estados brasileiros", afirmou o governador.