VACINA

Anvisa avalia pedidos de importação da Sputnik V; negociada por governadores do Nordeste

Imunizante, produzido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, é negociado pelo governo federal e por Estados do Norte e do Nordeste

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Amanda Azevedo

Publicado em 26/04/2021 às 17:48 | Atualizado em 26/04/2021 às 18:59
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Com agências

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) marcou para esta segunda-feira (26), às 18h, uma reunião extraordinária da diretoria colegiada para avaliar os pedidos para importação da vacina contra covid-19 Sputnik V. O imunizante, produzido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, é negociado pelo governo federal e por Estados do Norte e do Nordeste.

 

A reunião de deliberação foi marcada dentro do prazo estipulado pela lei e de acordo com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que determinou a análise da questão dentro do prazo de 30 dias. Lewandowski negou nesta segunda-feira (26) um pedido da agência para suspender a contagem dos 30 dias para análise dos requerimentos de importação da vacina.

ZOLTAN BALOGH / POOL / AFP
A eficácia do imunizante é de 91,6%, segundo dados publicados na revista The Lancet - ZOLTAN BALOGH / POOL / AFP

Em recurso ao STF, a Anvisa alegava que, por lei, teria o direito de pedir a interrupção dos prazos fixados para a análise das vacinas, enquanto aguarda informações complementares sobre dados de qualidade, eficácia e segurança dos imunizantes. No entanto, na avaliação do ministro, não cabe prorrogação, uma vez que a lei em questão foi desenhada justamente para acelerar os procedimentos de aprovação das vacinas no contexto da "gravíssima" pandemia.

Técnicos da Anvisa fizeram visitas de inspeção nas empresas Generium e UfaVita, que participam da produção da Sputnik V. O relatório com as informações coletadas deve subsidiar a decisão. 

O Ministério da Saúde comprou 10 milhões de doses da vacina. O Consórcio do Nordeste, formado por governadores da região, comprou outras 37 milhões. A eficácia do imunizante, que exige a aplicação de duas doses, é de 91,6%, de acordo com dados publicados na revista científica The Lancet.

Nesta terça-feira (27), a Anvisa deve analisar o pedido de uso emergencial da combinação dos medicamentos banlanivimabe e etesevimabe para o tratamento da covid-19. Os remédios são produzidos pela farmacêutica Eli Lilly do Brasil. O pedido foi protocolado no dia 30 de março.

Na quinta-feira (29), a diretoria colegiada também vai se reunir para a 8ª reunião ordinária, na qual serão discutidas pautas relacionadas às áreas de regulação da agência.

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