COVID-19

Governadores pedem à Anvisa toda a documentação usada para barrar a Sputnik V

Após comprar 37 milhões de doses, Estados do Nordeste continuam pressionando pela aprovação do imunizante

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Paulo Veras

Publicado em 29/04/2021 às 16:38
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Em uma nova frente de pressão para conseguir autorizar a importação e o uso da vacina Sputnik V no Brasil, governadores do Nordeste enviaram um ofício à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cobrando toda a documentação usada pelos técnicos da entidade para rejeitar a entrada do imunizante contra a covid-19 do País. Por unanimidade, a diretoria do órgão considerou que não havia dados de segurança para permitir a entrada da vacina em território nacional por suspeitas de que o retrovírus usado para produzir as vacinas não fosse totalmente inativado.

Os gestores do Nordeste já compraram 37 milhões de doses da Sputnik. A produtora da vacina disse que vai entrar com uma ação judicial contra a Anvisa por supostamente difundir informações falsas sobre o imunizante.

Além disso, a Anvisa usou como argumentos o fato de que técnicos brasileiros não puderam entrar na fábrica de produção da vacina. E de que as doses usadas em todo o mundo são feitas em diferentes laboratórios, o que dificulta a garantia de que os lotes analisados sejam semelhantes aos que já estão sendo aplicados em outros países.

Documentação

Os governadores do Nordeste querem "a disponibilização de acesso integral aos autos administrativos, especialmente à documentação analisada e que embasou a emissão das apresentações técnicas das Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos e da Gerência Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária".

Apesar da decisão unânime da agência, eles anunciaram que continuaram pressionando para que o imunizante seja usado no Brasil. "A Sputnik V está salvando vidas no México, Argentina, Hungria e mais 58 países. Infelizmente, para a Anvisa não há evidências suficientes para que as 37 milhões de doses adquiridas pelos estados brasileiros sejam autorizadas a entrar no país", questionou o governador Paulo Câmara (PSB) após a decisão da agência reguladora brasileira.

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