ELEIÇÕES NO SPORT

Milton Bivar diz que eleições diretas do Sport serão marcadas na próxima reunião do Conselho Deliberativo

Em entrevista ao comentarista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal, o ex-presidente leonino defendeu que o Sport tivesse união e renovação

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Lucas Holanda

Publicado em 18/06/2021 às 11:46 | Atualizado em 18/06/2021 às 14:40
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Respeitando o estatuto do clube e o direito da torcida, o Sport convocará eleições diretas. A informação foi confirmada pelo ex-presidente Milton Bivar, que concedeu entrevista ao comentarista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal. De acordo com o ex-mandatário leonino, as eleições diretas serão convocadas na próxima reunião do Conselho Deliberativo do Rubro-Negro, que deve acontecer na próxima terça-feira (22).

"Conversei com (Gustavo) Oiticica (vice-presidente do Conselho) e com Pedro Leonardo Lacerda (presidente do Conselho Deliberativo). Quero tranquilizar a torcida rubro-negra: na próxima eleição do Conselho, será marcado eleições diretas para 15 dias, o que é o correto. Esse pessoal que está lá ama o clube como qualquer rubro-negro. Ninguém está querendo, como se aproveitaram para falar que é golpe, ninguém está querendo nada disso", afirmou Bivar, que também conversou com Pedro Lacerda, uma das lideranças do Sport e pai de Pedro Leonardo.

Na última reunião do Conselho Deliberativo, ficou decidido que Pedro Leonardo Lacerda assumiria o comando do clube por até 90 dias antes de convocar um pleito, algo que contraria o estatuto do clube, que defende eleições diretas em até 15 dias após o presidente interino assumir o cargo. Essa decisão gerou grande questionamento da torcida rubro-negra, tendo em vista que estava contrariando o estatuto do clube.

Sendo assim, caso seja confirmado a convocação de eleições diretas na próxima segunda-feira, o pleito com o associado votando deve ser realizado em até 15 dias, como manda o estatuto do clube.

Clima político quente

Ainda na conversa com Ralph de Carvalho, Milton Bivar destacou que sempre defendeu eleições diretas após a sua renúncia. De acordo com o ex-presidente, houve uma consulta ao seu advogado para confirmar que, depois que Bivar saísse da presidência, acontecesse um pleito com o sócio escolhendo o novo mandatário que vai comandar o Leão até o fim de 2022. 

"Antes da minha renúncia, consultei o meu advogado, que se chama Roberto Veiga e é um dos melhores de Pernambuco. E ele me instruiu da seguinte maneira: 'Milton, você renunciando, o vice assume e tem que marcar eleições diretas com 15 dias'. Só que a coisa tomou um rumo diferente", ressaltou Bivar, que completa falando sobre o momento político do Sport. 

"O clube, que já estava numa efervescência política desde a eleição programada em quatro meses, o que atrapalhou para a pessoa poder trabalhar com calma e tranquilidade. Mas ficou pior. Pensei que, com a minha renúncia, se acalmasse. Mas não houve isso. Os palanques continuaram armados e a coisa foi tomando uma proporção muito grande, o que fez eu renunciar", explicou.

Renovação e União

Na opinião de Milton Bivar, o Sport está precisando de duas coisas para voltar aos seus melhores dias: renovação e união. Além disso, o ex-mandatário destacou que o novo presidente precisa de tranquilidade para trabalhar, pois caso contrário terá os mesmos problemas que ele enfrentou e, claro, o maior prejudicado com isso será o próprio Sport. 

"A possibilidade de termos uma renovação é agora, porque só com essa renovação que vamos conseguir dar tranquilidade ao futuro presidente, porque é fundamental que o próximo presidente tenha tranquilidade para trabalhar. Porque, caso contrário, vai cair na mesma situação minha, o sujeito não vai ter como trabalhar direito. E isso é muito ruim para o clube", ressaltou.

"O Sport precisa de união, tem que se unir todo mundo. Tem que dar tranquilidade e paz para trabalhar, como tive em 2019, apesar de ter um Conselho muito atuante e ativo. Mas tive condições de trabalhar. E isso é fundamental para que o próximo presidente tenha tranquilidade e consiga unir o clube", completou.

Por fim, Milton Bivar destacou que tinha muita dificuldade em fazer política, tendo em vista que não gostava de conchavos. Em mensagem de despedida, voltou a defender que o associado exerça o seu direito de voto. "Estou saindo e espero que as coisas se acalmem com essas eleições diretas, e que o sócio tenha tranquilidade e paz para escolher o melhor para o clube", finalizou.

Milton Bivar deixou o Sport 67 dias após ter sido eleito na maior eleição da história do clube, superando por uma margem apertada o opositor Nelo Campos, que perdeu por 38 votos. Como presidente, Bivar comandou o Sport em 2007, 2008, 2019, 2020 e metade de 2021, tendo conquistado três títulos do Campeonato Pernambucano e um da Copa do Brasil, além de um acesso à Série A.

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