Serial Killer do DF: Mãe de Lázaro Barbosa relata última ligação do filho e ameaças
As buscas por Lázaro Barbosa de Sousa já entram no 16° dia e a família dele ainda tem esperança de que ele se entregue
As buscas por Lázaro Barbosa de Sousa já entram no 16° dia e a família seguem esperançosos de que ele se entregue. A mãe do suspeito, Eva Maria Sousa, de 51 anos, pediu, novamente, que ele se renda. Lázaro é o principal suspeito da morte de quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia, no Distrito Federal, no dia 9 de junho.
Desde o início das buscas, ela conversou com o filho em apenas uma ocasião. "Ele entrou em contato uma vez, por telefone. Eu estava muito nervosa e perguntei para ele: 'Cadê a mulher [Cleonice, que estava desaparecida, à época]?'. Ele disse 'Não sei. Não está comigo'. Depois, não falou mais nada e desligou, quando falei para ele que meu telefone estava rastreado", explicou. A ligação foi feita de um número desconhecido, segundo Eva. Ela revelou ainda não ter dinheiro para pagar um advogado para Lázaro, mas que conta com a ajuda de um profissional de Brasília, que se dispôs a ajudar.
A mãe de Lázaro afirma que a família está sendo perseguida. "Está muito difícil. Não tenho cabeça para nada. Não consigo viver mais. Para mim, a vida acabou", desabafou, revelando que estão trocando de telefone e endereço com frequência.
Ela e o marido moravam em Águas Lindas (GO) e trabalhavam como caseiros em uma chácara. "Tivemos de sair do nosso emprego e da cidade. Estamos recebendo muitas ameaças. Não estamos nada bem", disse. "As forças de segurança não entraram em contato conosco para ajudarmos a convencê-lo (a se entregar)", acrescentou. Atualmente, a família de Lázaro sobrevive com ajuda de doações.
Lázaro
Procurado há 16 dias pela polícia, Lázaro é o principal suspeito da morte de quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia, no Distrito Federal, no dia 9 de junho. Desde então, uma megaoperação foi realizada e conta com centenas de agentes das polícias do Distrito Federal e de Goiás, além do auxílio de militares da Força Nacional, drones, helicópteros, cães farejadores e sensores noturnos. O homem vem sendo chamado em redes sociais de 'serial killer do DF'.
Durante o dia, policiais estão envolvidos em procurar por Lázaro em chácaras, fazendas, no meio do mato e em pontos de bloqueio na BR-070. À noite, a caçada enfrenta outros desafios. Tendo como desvantagem a falta de luz solar, as forças de segurança contam com poucos equipamentos específicos para essas situações, além da dificuldade em lidar com o bioma da região.
Força-tarefa para prender Lázaro recebe cerca de mil denúncias em 24 horas
Nas buscas por Lázaro Barbosa, conhecido como o 'serial killer de Brasília', as equipes de polícia teriam recebido mais de mil denúncias sobre o paradeiro dele em 24 horas. No entanto, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) informou, nessa segunda-feira (21), que a maioria das pistas eram falsas. A perseguição policial já dura 14 dias.
A polícia disponibilizou um disque-denúncia, que está em funcionamento desde o domingo (20), para captar informações que auxiliem na procura pelo suspeito. Lázaro está foragido desde o último dia 9 de junho, após supostamente matar uma família de quatro pessoas em Ceilândia, no Distrito Federal.
Mais de 200 policiais - entre policiais militar, civil e federal de Goiás e do Distrito Federal -, estão envolvidos nas buscas por Lázaro Barbosa de Sousa, em Cocalzinho de Goiás. Estão sendo utilizados três helicópteros, cães farejadores, equipes munidas de equipamentos de visão noturna e térmica, drones e profissionais da inteligência. Os agentes também contam com 40 rádios comunicadores cedidos pelo exército brasileiro.