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Por que o Dia do Soldado é comemorado no dia 25 de agosto?

O cargo é o posto inicial da carreira militar, sucedido por cabo, sargento, subtenente, tenente, capitão, major, tenente-coronel e coronel

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Julianna Valença

Publicado em 25/08/2021 às 12:59 | Atualizado em 25/08/2021 às 13:00
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Nesta quarta-feira (25) comemora-se o dia do soldado - cargo de posto inicial da carreira militar, sucedido por cabo, sargento, subtenente, tenente, capitão, major, tenente-coronel e coronel. A data entrou para o calendário de comemorações do Brasil em 1923, em homenagem ao aniversário do militar patrono do exército brasileiro: Luis Alves de Lima e Silva, mais conhecido como Duque de Caxias.

O cargo inicial das forças armadas pode ser alcançado através do alistamento militar - obrigatório para jovens de 18 anos, no Brasil -, ou através de concursos públicos. Na função de soldados, os cidadãos prestam serviços na defesa do país, seja no Exército, Marinha, Aeronáutica e corporações ligadas aos Estados, como o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.

Os soldados devem atuar defesa de toda a população, além também de prestar assistência em resgates e socorro de pessoas em acidentes. As áreas de atuação do cargo são divididas em infantaria, artilharia, cavalaria, engenharia, logística e serviços, e étnicos.

Duque de Caxias

Carioca nascido em 1803, na Vila de Porto Estrela, o Duque de Caxias teve seu primeiro contato com as força armadas aos cinco anos de idade, como cadete de primeira classe. Na carreira militar, ganhou destaque por atuar na Revolta da Balaiada e no Maranhão - estado este onde o militar ganhou o título de Marechal de Caxias - e na Revolta dos Farrapos, no Rio Grande do Sul. O título de Duque veio ao vencer a guerra do Paraguai.


Comemorações


Quase cem anos depois do início da celebração da data, o exército brasileiro comemora com afinco o dia do soldado. Este ano, a instituição anunciou que a arma original usada pelo Duque de Caxias, um sabre ornamentado com detalhes em ouro, será exibida na solenidade alusiva ao Dia do Soldado.

 

Divulgação/Exército brasileiro
Sabre utilizado por Duque de Caxias. - Divulgação/Exército brasileiro
Divulgação/Exército brasileiro
Sabre utilizado por Duque de Caxias. - Divulgação/Exército brasileiro


Segundo o exército, a arma foi adquirida pelo ícone militar em 1841 e o acompanhou nas campanhas de pacificação das revoltas liberais em Minas Gerais e São Paulo; na pacificação da Revolução Farroupilha; nas batalhas da Guerra do Prata; e na Guerra da Tríplice Aliança. O historiador militar, Antônio Ripe, afirmou que o sabre também foi erguido por Caxias para inflamar as tropas brasileiras na histórica Batalha de Itororó, na Guerra da Tríplice Aliança.


Ainda de acordo com a instituição, o item permaneceu em posse do Duque até sua morte e só em 1925, a relíquia foi doada ao Instituto Histórico Geográfico Brasileiro. Desde que passou a ficar sob os cuidados do Instituto, o sabre de Caxias havia saído apenas por três vezes: em 1939, em 1978 e em 1980, na ocasião do centenário da morte do Duque.


“O sabre é a perenização da imagem do Duque de Caxias. Foi o instrumento com o qual o Duque cumpriu sua missão de liderança e tornou-se o Pacificador. E é uma espada invicta, uma vez que, com ela, o Duque jamais perdeu uma batalha”, destacou o Capitão Antônio Ripe.

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